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No início do mês, o Brasil venceu três amistosos contra a Polônia em Curitiba (PR)

30/09/2010 - 07h01

Brasil quer paciência para abrir grupo da morte contra a conhecida Polônia

Roberta Nomura
Em Ancona (Itália)

A força física característica da Polônia ganhou um importante aliado com a chegada do técnico Daniel Castellani. O argentino deu mais volume de jogo aos atuais campeões europeus e o estilo mais sul-americano preocupa a seleção brasileira masculina. Antiga conhecida do adversário, a equipe verde-amarela prega paciência para superar o forte rival e abrir o grupo da morte do Campeonato Mundial de vôlei com vitória, às 16h (horário de Brasília), desta quinta-feira, em Ancona.

A chave N é a mais forte da segunda fase e reproduz o pódio do último Mundial, disputado no Japão. Atual bicampeão, o Brasil reedita a final de 2006 contra a Polônia logo no primeiro duelo do grupo. A Bulgária – terceira colocada há quatro anos – inicia a chave com dia de folga. Na sexta, haverá o confronto europeu. E o time verde-amarelo fecha a participação no sábado diante dos búlgaros.

“É um time muito forte fisicamente e com um bloqueio pesado. Com a chegada do Castellani eles melhoraram a defesa. Ele colocou o estilo argentino de errar menos. Esperamos um jogo difícil e precisamos ter paciência para vencer”, afirmou o levantador Bruninho. O técnico assumiu o comando da Polônia em fevereiro de 2009 e conduziu o time ao primeiro título continental no mesmo ano.

No papel, a seleção brasileira tem a receita para vencer os atuais campeões europeus até por conhecer muito bem a equipe. São 33 confrontos em torneios da FIVB (Federação Internacional de Voleibol), com 24 vitórias verde-amarelas e apenas nove polonesas. Somente neste ano foram cinco duelos, com quatro vitórias brasileiras.

“O bom é porque é uma equipe que conhecemos bem e jogamos várias vezes. Eles cresceram muito desde o torneio amistoso [na Polônia]. Recuperaram o bom voleibol do Kurek, que está em ótima forma e é hiper perigoso”, advertiu o ponteiro Dante. Em relação às equipes que disputaram a final do Mundial de 2006, o brasileiro aponta alterações. “As duas mudaram as suas bases. O que não muda é que tem que ser paciente e jogar”.

Kurek é o maior pontuador da Polônia até o momento com 49 acertos em três jogos – 43 de ataque, três de bloqueio e três de saque. “Ele é o Leon deles ou o nosso Dante”, comparou Murilo. Embora tenha citado o companheiro de posição, o ponteiro é o grande destaque brasileiro no Mundial.

Murilo soma 45 pontos marcados em três jogos – 38 em ataques, um em bloqueios e seis em saques. O ponteiro deixou o jogo contra Cuba com cãimbras, mas está recuperado e deve jogar normalmente. O único desfalque é o levantador Marlon, que espera resultado de biópsia para diagnóstico definitivo de seus problemas estomacais e para saber se joga o Mundial. O Brasil deve iniciar o jogo com o levantador Bruninho e o oposto Leandro Vissotto; os ponteiros Dante e Murilo; os centrais Lucão e Rodrigão; além do líbero Mário Júnior.

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