UOL Esporte Vôlei
 
01/10/2010 - 08h39

Espanhol 'por acaso' prevê queda e já endossa torcida ao Brasil no Mundial

Roberta Nomura
Em Ancona (Itália)
  • Vissotto bloqueia o naturalizado espanhol Palharini durante confronto na primeira fase do Mundial

    Vissotto bloqueia o naturalizado espanhol Palharini durante confronto na primeira fase do Mundial

A Espanha inicia a participação na segunda fase nesta sexta-feira contra a favorita Rússia. Em quadra, o Brasil terá mais um representante no Campeonato Mundial de vôlei. Espanhol ‘por acaso’, Marlon Palharini disse que a equipe decidirá vaga contra o Egito, mas já prevê uma queda na próxima fase. Assim, o jogador paranaense já endossa torcida pela equipe de Bernardinho.

Nascido em Jandaia do Sul, o jogador de 26 anos iniciou a carreira no extinto Banespa. No clube, chegou a jogar com Sidão e Murilo. E reencontrou os jogadores em duelo contra a seleção brasileira na primeira fase. Palharini revelou conhecer também o levantador Bruninho e ter pouco contato com o ídolo Giba.

A vitória por 3 a 1 do time verde-amarelo, aliás, foi o primeiro duelo do ponteiro contra seu país de origem em torneios oficiais. E justamente nesta partida, ele teve a oportunidade de ser titular. “Foi difícil, minha família inteira estava nervosa. Ficar de frente ao Brasil e não sentir nada é difícil. Acho que não tem nenhum brasileiro que consegue ficar sem cantar o hino”, admitiu. “Mas dentro de quadra é diferente, estava ali para dar meu melhor”.

Neto de espanhóis, Palharini obteve a dupla nacionalidade ainda quando criança. Em 2003, ele deixou o Brasil para jogar no Tenerife, da Espanha. “Foi uma casualidade. Me chamaram quando eu tinha 20 anos e foi minha primeira experiência no exterior”, contou. O ponteiro tem em seu currículo passagens pelo Loreto, time da segunda divisão italiana, e atualmente está no espanhol Soria.

A primeira oportunidade na seleção espanhola também foi ‘por acaso’. Palharini fazia parte de uma equipe B antes de servir ao time principal. “Faltava um jogador e eles me chamaram para compor. Desde 2004, faço parte do time”, disse. O ponteiro soma agora 118 convocações.

Embora tenha no banco de reservas um dos técnicos mais vitoriosos da história do voleibol – o ítalo-argentino Julio Velasco – a Espanha não tem grandes expectativas no Mundial. Deve confirmar a vaga na terceira fase, mas não é favorita para chegar às semifinais. Palharini já prevê a queda e também já assume papel na torcida brasileira. “Com certeza se a gente não passar a minha torcida é para o Brasil. É o meu país”.
 

Placar UOL no iPhone

Hospedagem: UOL Host