Bernardinho passa orientações durante a derrota para Bulgária, que não foi bem vista na Itália
Não foi só o público que repudiou a atuação de Brasil e Bulgária. Um dia após a atípica derrota verde-amarela por 3 a 0, a imprensa italiana chamou de farsa a partida em que nenhuma das duas equipes tinha o interesse em vencer. Os jornais não pouparam críticas e colocaram abertamente a expressão “perder de propósito” e reproduziram os gritos de “palhaçada” dos 6.050 presentes no Palarossini, em Ancona.
Na matéria sobre o jogo, a Gazzetta dello Sport coloca uma foto do brasileiro Théo fazendo levantamento. E destaca que a posição original do jogador é oposto reserva. O texto chama a atenção também para o fato da Bulgária ter atuado com todos os reservas.
O texto até explica o fato de Bruninho estar gripado e ser a única opção de levantamento do Brasil no momento, mas não expõe as declarações e justificativas do técnico Bernardinho e do capitão brasileiro Giba. Também não coloca as frases ditas pelos búlgaros.
Mas dá destaque para a opinião do ítalo-argentino Julio Velasco, técnico da Espanha. “É uma mensagem muito errada”. A página termina com uma coluna do ex-jogador da seleção italiana e agora jornalista Andrea Zorzi.
O ex-capitão fala em dilema de perder e ter uma enorme vantagem na terceira fase e completa de que a “tentação era enorme”. Zorzi escreveu que esperou a resposta com o “estômago fechado”. E criticou o duelo: “Uma eventual vitória no Mundial será a justa recompensa? Com o terceiro título consecutivo, o Brasil reconquistará o respeito que eu sempre tive no confronto?”, questionou.
O fato é que o Brasil perdeu, terminou em segundo do grupo N e terá vida mais fácil do que a líder Bulgária. Além da viagem direta para Roma, sede da fase final do Mundial, o time verde-amarelo medirá forças com República Tcheca e Alemanha por uma vaga na semifinal. Enquanto os búlgaros enfrentam Cuba e Espanha.
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