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Andrew Medichini/AP

Brasil teve uma atuação irregular, mas venceu a República Tcheca pela terceira fase

04/10/2010 - 21h22

Brasil admite falta de paciência, mas festeja volta de vibração coletiva

Roberta Nomura
Em Roma (Itália)

A República Tcheca superou as expectativas da seleção brasileira. Os europeus endureceram o jogo pela terceira fase do Campeonato Mundial de vôlei e chegaram a ficar à frente no placar. A falta de paciência verde-amarela ajudou os tchecos a complicarem a partida desta segunda-feira. Mas os comandados de Bernardinho superaram a apatia inicial e voltaram a sentir o duelo. A vibração coletiva foi decisiva e festejada após o suado triunfo por 3 a 2 no Palalottomatica, em Roma.

BRASIL SOFRE, MAS VENCE A REP. TCHECA

  • Reuters

    A vitória era, de fato, o único resultado que interessava ao Brasil nesta segunda-feira. Após a polêmica derrota para a Bulgária, que colocou a equipe na chave mais fácil da terceira fase do Mundial, o time verde-amarelo precisava do triunfo para encaminhar a vaga na semifinal e apagar a má impressão deixada no jogo desinteressado.

    Mesmo com o real interesse na vitória, quase não conseguiu. Os comandados de Bernardinho sofreram, mas superaram apatia inicial para derrotar a República Tcheca por 3 a 2 (25-20, 22-25, 23-25 e 25-21 e 15-8) no vazio Palalottomatica, em Roma.

“Estávamos com o semblante fechado mais porque esperávamos uma coisa no jogo e fomos pegos de surpresa. A gente gostaria de entrar e atropelar e acabou se irritando com alguns erros e com o canhoto deles que estava virando todas as bolas mesmo com o passe ruim”, revelou Murilo.

Principal destaque brasileiro, o ponteiro foi o maior pontuador do jogo com 25 acertos. Théo também teve participação decisiva na vitória brasileira. O oposto entrou no terceiro set para mudar o panorama da partida. Na quarta parcial, ele obteve 73% de aproveitamento no ataque. E foi justamente neste período em que o Brasil passou a ser vibrante em quadra.

“Dali para frente a gente sabia que tinha que diminuir os erros e precisava recuperar a paciência. Depois, o ânimo começou a mudar e a gente manteve o embalo”, destacou Théo. O oposto entrou no lugar do apagado Leandro Vissotto e terminou o jogo com dez pontos.

O Brasil venceu o primeiro set, mas levou a virada quando os tchecos conseguiram controlar bem o número de erros e jogar mais solto. Impaciente, a equipe cedeu pontos bobos e viu o adversário crescer na partida. “No primeiro set foi normal, é começo de partida e fica os dois se estudando. O segundo foi jogo jogado. O terceiro faltou um pouco de alegria e vibração”, analisou Bruninho.

O levantador, aliás, foi um dos responsáveis pela mudança de atitude da equipe. Vibrante, Bruninho conduziu a reação que terminou com um tie-break arrasador: 15-8. “Tem que jogar assim, com vibração. Vibrar mesmo”, falou. Mas o jogador afirma que a lição da apertada vitória foi a paciência.

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