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Alessandro Bianchi/Reuters

Técnico Bernardinho faz careta durante a vitória do Brasil sobre a República Tcheca

05/10/2010 - 07h23

Brasil expõe instabilidade, mas suporta pressão e 'sobrevive' pós-polêmica

Roberta Nomura
Em Roma (Itália)

A mudança da pequena Ancona para Roma potencializou as sensações no Campeonato Mundial de vôlei. Na capital italiana, tudo é maior. A pressão, o assédio e a visibilidade. Em fase que só a vitória interessa, o Brasil ainda carregou o peso da atuação polêmica contra a Bulgária e ‘sobreviveu’. Inconstante, a equipe controlou a ansiedade e conseguiu a sofrida vitória sobre a República Tcheca por 3 a 2 e ficou perto da semifinal.

“Tivemos bons momentos, mas fomos uma equipe de altos e baixos. Jogamos com um time que defendeu muito e jogou solto. A ansiedade era grande, por isso muitos erros. O jogo foi muito lá e cá, os erros davam a vantagem para a equipe ganhar os sets”, analisou o técnico Bernardinho.

Após a derrota para a Bulgária em jogo classificado como palhaçada pelo torcida de Ancona – nenhuma seleção precisava vencer e ambas atuaram desfiguradas -, aumentou a pressão em torno do Brasil. O assunto voltou a ser abordado ainda após a vitória sobre a República Tcheca.

“Isso faz com que o grupo tenha que amadurecer e sobreviver a este tipo de pressão que está enorme em cima deles. Eles têm que sobreviver. Agora é pensar na gente, recuperar a equipe bem para o próximo jogo. Com certeza [a crítica pela derrota contra Bulgária] é uma situação que nos influencia. Mas é como diz o ditado: ‘aquilo que não me mata, me fortalece’”, disse o técnico.

Diante dos 3.700 presentes no Palalottomatica, o Brasil foi pressionado pela torcida principalmente no primeiro set. A cada saque, uma chuva de vaias. Não funcionou. A equipe venceu por 25-20. Nas parciais seguintes, viu os tchecos jogarem mais soltos e sem responsabilidade. E o time verde-amarelo levou a impressionante virada.

O Brasil estava apático e pouco vibrante. O panorama mudou com a saída de Vissotto e a entrada de Théo. O oposto reserva teve 73% de aproveitamento de ataque na quarta parcial e o time verde-amarelo venceu e levou o jogo para o tie-break. Contagiada pela vibração de Bruninho e Mário Júnior, a equipe se acertou e atropelou no set desempate. “Foi uma importante vitória, mas não podemos ter esta quantidade de erros não-forçados. Isso foi nosso ponto negativo”, analisou o treinador. Ao todo, foram 28 pontos cedidos aos tchecos.

A seleção brasileira tem dia de folga com treino à tarde nesta terça e acompanha ao duelo entre República Tcheca e Alemanha pelo grupo R. Com uma vitória, a equipe está próxima da vaga na semifinal e encerra sua participação na terceira fase diante dos alemães, às 12h (horário de Brasília) desta quarta.

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