Única semifinalista invicta, a Itália é a próxima adversária do Brasil no Campeonato Mundial de vôlei. O confronto foi explicitamente desejado pelo time verde-amarelo em mais um capítulo da polêmica envolvendo os rivais. No entanto, a Azzurra adotou um discurso mais político. O único que destoou foi o oposto Alessandro Fei, que fez comparação com veteranos que estão fora da seleção de Bernardinho.
“É um time forte na física e na tática. É difícil de jogar contra. Não é o Brasil de Ricardo e Gustavo, mas quando chega na fase final se fortalece”, opinou Fei. Um dos principais nomes da Itália, o oposto atuou ao lado dos dois jogadores brasileiros no Treviso. E, de fato, a seleção brasileira não é a mesma de quatro anos atrás.
Somente o capitão Giba, o central Rodrigão e os ponteiros Murilo e Dante estavam na conquista do segundo título mundial do Brasil em 2006. Os outros oito estreiam na competição. O central Gustavo se aposentou da seleção após os Jogos Olímpicos de Pequim-2008. Ricardinho foi afastado do elenco às vésperas do Pan-Americano do Rio de Janeiro-2007, ensaiou reaproximação com o time verde-amarelo, mas não foi chamado para o Mundial.
A Itália também passou por reformulação, mas Fei integrou a Azzurra na campanha do quinto lugar no Japão. Mas agora, o time europeu chega sem nenhuma derrota na semifinal. E o único adversário de peso vencido até aqui foi os Estados Unidos. “Eu preferia a Alemanha. O Brasil é muito forte. Mas ganhamos dos campeões olímpicos [EUA], agora temos que ganhar dos campeões mundiais para seguir. Sabemos que é uma equipe muito, muito, muito forte”, enfatizou o experiente central Mastrangelo.
Agora com a rivalidade acirrada, as duas seleções se enfrentam no sábado pela semifinal do Mundial. O Brasil criticou a fórmula do Mundial e insinuou favorecimento à anfitriã Itália. Os donos da casa, por sua vez, não pouparam os atuais bicampeões após a polêmica derrota para a Bulgária que deixou o time verde-amarelo em chave mais fácil na terceira fase.
E assim como os brasileiros, os jogadores da Azzurra tiveram que responder a várias perguntas envolvendo o time verde-amarelo. “É fortíssimo. O time a ser batido”, disse Savani. O ponteiro demonstrou certo desconforto e economizou nas palavras para falar do rival de sábado.
Ao ser questionado sobre o posicionamento brasileiro de querer enfrentar a Itália na semifinal, Savani deixou claro que preferia evitar o confronto. “Era melhor não ter. Mas se tem que encontrar tem que ganhar. É a única coisa a se fazer, ganhar”.
Brasil e Itália se enfrentam às 16h (horário de Brasília) do sábado. A Azzurra tem a chance de evitar o terceiro título consecutivo do time verde-amarelo, que pode igualar o feito dos próprios anfitriões (campeões em 1990, 1994 e 1998). Na outra semifinal, Cuba e Sérvia medem forças às 12h (de Brasília).
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