UOL Esporte Vôlei
 
08/10/2010 - 07h07

'Batalha de Belgrado' inspira Brasil e auge da pressão vira exemplo para clássico

Roberta Nomura
Em Roma (Itália)

A seleção brasileira masculina de vôlei iniciou processo de renovação após a prata nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008. Oito dos 14 jogadores fazem sua estreia no Campeonato Mundial. Mesmo com pouco tempo no time verde-amarelo, a maioria dos atletas esteve na ‘Batalha de Belgrado’, apelido dado pelo próprio elenco para a final da Liga Mundial de 2009. E a partida atípica na Sérvia virou exemplo para o clássico de sábado contra a anfitriã Itália.

  • FIVB/Divulgação

    Final da Liga Mundial de 2009 entre Sérvia e Brasil recebeu 22.680 no Beogradska Arena, em Belgrado

  • FIVB/Divulgação

    Palalottomatica, em Roma, teve 11.208 pessoas no ItáliaxFrança e deve lotar contra Brasil na semifinal

O duelo das 16h (horário de Brasília) ainda é válido pela semifinal do Mundial, mas será o auge da pressão contra a seleção brasileira e a partida mais esperada do campeonato. “É o jogo mais importante dos últimos quatro anos”, afirmou o ponteiro Murilo, destaque da equipe no torneio disputado na Itália.

Os bastidores esquentaram a rivalidade. O Brasil criticou a fórmula do Mundial e insinuou favorecimento à anfitriã Itália. Os donos da casa, por sua vez, não pouparam os atuais bicampeões após a polêmica derrota para a Bulgária que deixou o time verde-amarelo em chave mais fácil na terceira fase. Parte da iluminação apagada em treino verde-amarelo e agendamento em mesmo horário na mesma academia ajudam a dar um clima ainda mais tenso.

“A torcida vai lotar o ginásio, vai vaiar e nos pressionar. E incentivar o time deles. A gente tem que jogar o nosso jogo. Depois do que passamos na Sérvia no ano passado, qualquer coisa aqui vai ser pouco”, disse Bruninho. Em sua primeira experiência como titular, o levantador esteve em quadra na atípica final da Liga Mundial de 2009.

O Brasil decidiu o título contra a anfitriã Sérvia no Beograska Arena com 22.680 presentes. A partida foi decidida em cinco sets, a torcida entoou cantos de guerra e atirou objetos nos jogadores. Para completar, um lance polêmico com o sérvio Miljkovic incendiou o ginásio e precisou da interferência da mesa para não prejudicar o time de Bernardinho. “Aquilo ali foi o máximo da pressão que vivemos. Não vai acontecer nada igual em nenhum lugar do mundo. Espero que não aconteça. Foram erros de arbitragem e muita pressão”, recordou o central Sidão.

A capacidade do Palalottomatica é de 10.710 pessoas, inferior ao Beogradska Arena. Mas a expectativa é de casa cheia. No duelo contra a França, eram 11.208 presentes. “É natural que tenha um público entusiasmado na torcida contrária. O Brasil é o time a ser batido. Mas a experiência na Sérvia, a forma com que foi o jogo, foi uma experiência enriquecedora. Era um novo time e eles souberam responder bem à pressão. Agora é saber usar a experiência para passar por esta aqui”, disse o técnico Bernardinho.

“É fundamental lembrar aquele jogo. Lembrar daqueles momentos nos faz pensar em como já passamos por maus bocados”, falou Leandro Vissotto. Na final da Liga Mundial na Sérvia, o oposto foi o destaque brasileiro ao ser o maior pontuador do confronto, com 29 acertos.

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