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AP Photo/Andrew Medichini

"O que foi hoje? Se não foi justiça, eu não sei o que é", afirmou o ponteiro Murilo

09/10/2010 - 19h22

Brasil encerra assunto Itália e festeja justiça no Mundial com vitória

Roberta Nomura
Em Roma (Itália)

A Itália ficou definitivamente no passado. Diante de 12.178 pessoas em Roma, o Brasil se impôs, cumpriu a função de favorito e deixou para trás todas as polêmicas envolvendo o rival. A vitória por 3 a 1em semifinal neste sábado serviu para fazer justiça no Campeonato Mundial de vôlei. Pelo menos do ponto de vista da seleção brasileira, que festeja a ‘punição’ aos anfitriões.

“Não foi apenas a nossa justiça, mas a de todo mundo. A imprensa italiana falou que a Rússia foi alvo da justiça por ficar fora da briga pelo título porque escolheram o caminho mais fácil. E o que foi hoje? Se não foi justiça, eu não sei o que é. Porque teve alteração nos grupos, no ranking e eles tiveram o caminho mais fácil. Eu acho que, se realmente foi feita justiça, fizemos por todo mundo”, afirmou o ponteiro Murilo.

Antes mesmo do campeonato começar, os brasileiros criticam o regulamento por impor cruzamentos fáceis para a Itália. Os anfitriões duelaram com Japão, Egito e Irã na primeira fase. Na etapa seguinte, mediu forças com Alemanha e Porto Rico. Na terceira fase, veio o primeiro teste de fogo: os Estados Unidos, que só compuseram a mesma chave da Azzurra porque perderam para a República Tcheca. E na semifinal o Brasil.

“Mais cedo ou mais tarde [italianos] iam ter que enfrentar equipes de alto nível. Mas eles tinham a consciência de que não tinham como passar quando pegassem Brasil, Rússia, Cuba ou Sérvia, por isso precisavam disso [regulamento]. Chegaram até aqui, parabéns. Agora vão ter que assistir de fora. É a justiça por tudo isso”, falou o oposto Leandro Vissotto, destaque da partida com 24 pontos.

A Itália também buscava ‘justiça’. Assim como a criticada Rússia, o Brasil foi alvo de suspeitas de entregar o jogo após a derrota por 3 a 0 para a Bulgária. Mas fracassou no objetivo. Agora, ainda vê a possibilidade de o rival conquistar o terceiro título mundial consecutivo e igualar feito da Azzurra – campeã em 1990, 1994 e 1998.

“Nós cumprimos com a nossa obrigação de equipe mais forte. Somos favoritos desde o começo. Fomos alvo de tudo e cumprimos com a responsabilidade das decisões que tomamos. É isso que importa, que estamos em mais uma final”, comemorou o levantador Marlon. O reserva teve que substituir Bruninho após o titular sentir o tornozelo esquerdo depois de pisão de Murilo.

Após a vitória por 3 a 1 sobre a Azzurra, a seleção brasileira decide o título contra Cuba, às 16h (horário de Brasília) deste domingo. "A Itália é caso encerrado para a gente", disparou o ponteiro Dante. Os anfitriões disputam o bronze diante da Sérvia na partida preliminar, às 12h (de Brasília).

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