UOL Esporte Vôlei
 
12/10/2010 - 14h59

Após "guerra", Brasil reclama de hostilidades e organização em Mundial na Itália

Jorge Corrêa e Roberta Nomura
Em Guarulhos (SP)
  • Giba acredita que as dificuldades encontradas pelo Brasil no Mundial da Itália fizeram o Brasil se fortalecer para levar o tricampeonato do torneio

    Giba acredita que as dificuldades encontradas pelo Brasil no Mundial da Itália fizeram o Brasil se fortalecer para levar o tricampeonato do torneio

Antes mesmo de iniciarem as perguntas dos jornalistas, jogadores e comissão técnica da seleção brasileira masculina de vôlei abriram a entrevista coletiva exaltando a “guerra” que tiveram de enfrentar para serem campeões mundiais pela terceira vez, título que veio no último domingo, na Itália.

Para os brasileiros, eles tiveram de passar por uma série de problemas – que foram de hostilidades dos italianos a confusões com a organização – para saírem com a taça. “Aquilo foi uma guerra, uma batalha. Esses meninos combateram tudo isso de maneira brilhante. São os espartanos que enfrentaram a sombra das flechas inimigas”, filosofou o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Ary Graça.

“O que passamos lá foi uma guerra, mas sabíamos que seria assim. Só que esse grupo é como uma família e soube se fechar para trazermos esse título, pois precisávamos dele. Por isso temos de enaltecer ainda mais essa conquista e ter muito orgulho de representar essa bandeira”, completou o atacante Giba, que levou seu terceiro título Mundial.

A primeira dificuldade encontrada pelos brasileiros foi a hostilidade da torcida e da imprensa italiana, que eles consideraram normal. “Isso é normal. Antes, só a Itália tinha um tricampeonato consecutivo, então nada mais normal eles torcerem contra. Mas senti que foi algo mais de inveja. Acho que seria assim aqui também”, disse Rodrigão.

Além do que foi público – como o veto ao italiano Maurizio Latelli treinar com a seleção brasileira e a irritação com o regulamento – os brasileiros revelaram outros problemas que encontraram na Europa durante a competição. “O José Inácio (Salles Neto, preparador físico da seleção), ia atrás de uma academia boa e não conseguia. Falavam que não podiam facilitar para o Brasil”, contou Giba.

“Tínhamos de brigar até nos restaurantes para termos a mesma comida que os outros times. Só que essas dificuldades só fizeram o time crescer. Por tudo que passamos lá, o gosto da vitória fica ainda melhor. Em nenhum momento tivemos dúvidas de que seriamos campeões mais uma vez”, completou o capitão brasileiro.

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