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Gaspar Nóbrega/Divulgação

Após tricampeonato mundial, time voltou com discurso ensaiado e negou marmelada

12/10/2010 - 09h43

Com discurso ensaiado, Brasil desmente Mário Jr e nega marmelada no Mundial

Jorge Corrêa e Roberta Nomura
Em Guarulhos (SP)

Mesmo com a conquista do tricampeonato mundial, que veio com a vitória de 3 a 0 sobre Cuba no último domingo, os jogadores da seleção brasileira masculina de vôlei não conseguiram fugir da polêmica sobre a derrota para a Bulgária na segunda fase do torneio na Itália.

TORCIDA ABSOLVE DERROTA DA SELEÇÃO

Na ocasião, a derrota favoreceu o Brasil que caiu em uma chave mais fácil na fase seguinte. No dia, a seleção negou que tenha acontecido uma ‘marmelada’ na partida, mas no domingo, logo após a final, o líbero Mário Júnior disse que o pior momento do time no campeonato foi “entregar o jogo para a Bulgária”.

Tentando acabar com a polêmica, os jogadores voltaram para o país com um discurso muito bem ensaiado entre eles. “Nem eu nem ninguém nunca pensou em entregar esse jogo. A única coisa que aconteceu foi a decisão de poupar alguns jogadores, principalmente o Bruno, que estava sem reserva e vinha muito desgastado”, explicou Giba.

GIBA PASSA BASTÃO PARA MURILO

  • A presença de Giba na reserva causou, primeiro, uma grande surpresa na mídia internacional. E o capitão respondeu a inúmeras perguntas sobre a razão de estar no banco em pleno Campeonato Mundial de vôlei. Em todas elas, enalteceu os titulares. Os holofotes, então, voltaram-se para outro personagem. Murilo roubou a cena e assumiu status de líder e estrela da seleção brasileira.

“Sempre fazemos reunião. Brincamos que somos piores que a ONU, fazemos reunião para tudo. Se fosse para fazer marmelada, não precisávamos ter levado 12 jogadores para o banco, incluindo o Bruno. Quando vimos que do outro lado o levantador e o líbero titular nem relacionado estavam, pensei: ‘porque nós então vamos nos matar?’", completou.

Até mesmo Mário Júnior, pivô da nova fase dessa história, mudou de ideia. “Falei ali na hora, mas é como o Giba disse, ninguém quis entregar. Complicado chegar no jogo e ver ali e não ver vários jogadores importantes do outro lado. Não podíamos perder essa chance de poupar alguns jogadores”, explicou o líbero.

Questionado sobre se houve alguma cobrança sobre a fala de Mário Junior, Giba desconversou. “Não teve bronca. Ali no calor do jogo, de uma conquista, eu mesmo já falei muita coisa que não deveria. Ele faz parte do grupo. Também fico pensando porque não falam de outras seleções que também perderam.”
 

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