UOL Esporte Vôlei
 
28/10/2010 - 07h00

Brasil estreia no Mundial contra gordinhas e agentes carcerárias

Lello Lopes
Em Hamamatsu (Japão)

Normalmente na véspera de uma partida a comissão técnica da seleção brasileira feminina de vôlei estuda jogadas e exibe vídeos de seu adversário. Mas nada disso vai acontecer na abertura do Campeonato Mundial, às 2h30 desta sexta (horário de Brasília). O motivo: o rival, o Quênia, é um estranho para o Brasil.

Sem disputar torneios internacionais relevantes, a seleção africana escapou dos espiões do Brasil. Por isso, o time inicia a sua caminhada rumo a uma inédita medalha de ouro no Mundial praticamente no escuro.

A seleção conheceu a adversária nesta quinta, no treino de reconhecimento da Arena de Hamamatsu, palco da estreia. E o pouco que viu não assustou. A equipe queniana é formada por jogadoras quase amadoras, sendo que a maioria trabalha como agente carcerária. Algumas estão até acima do peso.

“Não tem como estudar porque não tem informação. É o único time desse grupo que nós não temos nenhuma informação, até porque o Quênia não joga muitos campeonatos internacionais. Só sei que algumas jogadoras do Quênia jogam ou jogavam na França”, afirmou José Roberto Guimarães, técnico da seleção brasileira.

A última vez que Brasil e Quênia se enfrentaram foi em 2007, na Copa do Mundo. As brasileiras ganharam por 3 a 0. “Para dizer a verdade eu não lembro nada desse jogo”, disse a oposto Sheilla. “A estreia é sempre tensa, independentemente do adversário. O que a gente tem que fazer é impor o nosso jogo”, completou.

Já a levantadora Dani Lins dá a receita para o Brasil ir bem na estreia. “A gente vai tentar fazer o feijão com arroz. É difícil saber qual é o jogo certo. Precisamos no concentrar.”

Para o técnico José Roberto Guimarães, o fato de enfrentar um adversário desconhecido na estreia não é motivo de preocupação.

“Não dá pra dizer se é bom ou ruim. O problema é que é o nosso grupo, é a nossa tabela. Foi assim que nos colocaram e a gente tem que jogar o melhor que a gente possa jogar. Não tem o que pensar, não tem absolutamente nada a fazer. A gente só tem que jogar e ganhar”, disse.

Depois do Quênia, o Brasil vai jogar contra rivais de melhor qualidade. A seleção ainda vai enfrentar na primeira fase as equipes de República Tcheca, Holanda, Porto Rico e Itália. Os quatro primeiros avançam à segunda rodada.

O Brasil deve ter na estreia a seguinte formação: Dani Lins, como levantadora, Jaqueline e Natália, nas pontas, Fabiana e Thaísa, como centrais, Sheilla, na posição de oposto, e Fabi, como líbero.

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