Mundial de Vôlei Feminino 2010

29/10/2010 - 15h30

Após estreia fácil, Brasil tem outra moleza antes de encarar pedreiras no Mundial

Lello Lopes

Em Hamamatsu (Japão)

Dani Lins acredita em jogo diferente contra as tchecas

A ansiedade da estreia no Mundial feminino de vôlei passou. Agora, a seleção brasileira precisa engrenar para encarar os jogos mais difíceis da primeira fase. E a República Tcheca, adversária deste sábado, às 2h (de Brasília), parece ser a vítima ideal.

A seleção europeia tem o segundo pior ranking entre todas as que disputam o Mundial (fica apenas à frente da Croácia), não possui nenhuma jogadora com experiência em grandes torneios e ainda vem de derrota na estreia.

Mesmo assim, o Brasil prega respeito à adversária. “Elas fizeram dois bons sets contra a Holanda, mas o terceiro set foi desastroso. Elas têm duas boas passadoras, a Barbokova e a Havelkova, mas não têm muito potencial de ataque. Mesmo assim, é um time habilidoso”, disse o técnico José Roberto Guimarães.

O treinador brasileiro acompanhou na quadra a estreia da seleção tcheca contra a Holanda (derrota de 3 a 0). De acordo com Zé Roberto, a principal jogadora da República Tcheca é mesmo Havelkova.

“Ela vira todas as bolas, tem um braço forte e é pesada no ataque. Tem um bloqueio bom, com bom deslocamento”, analisou o treinador brasileiro.

Para a levantadora Dani Lins, a partida contra a República Tcheca será bem diferente da estreia do Brasil no Mundial, diante do Quênia. “A República Tcheca é um time muito mais alto. É um time “jogueiro”. Vamos estudá-las”, disse a levantadora da seleção.

De fato a média de altura da seleção tcheca é maior que a do Quênia. As tchecas têm em média 1,87 m, dez centímetros a mais que as quenianas. A seleção brasileira tem uma média de altura de 1,84 m.

Depois da República Tcheca, o Brasil passa a encarar pedreiras no Mundial. No domingo a seleção vai enfrentar a Holanda. Na terça, o Brasil joga contra Porto Rico, um pouco de descanso antes do clássico com a Itália na quarta-feira.

E a seleção não pode nem pensar em perder. Apesar de quatro equipes se classificarem para a segunda fase, os resultados obtidos na fase inicial do Mundial são carregados até as semifinais. Assim, um tropeço pode significar o adeus ao título.