Jogadoras da seleção brasileira comemoram ponto em vitória sobre o Quênia |
Foi fácil, muito fácil. O Brasil nem precisou se esforçar muito para vencer o fraco time do Quênia por 3 sets a 0, com parciais de 25-15, 25-16 e 25-11, em uma hora e um minuto, na estreia do Mundial feminino de vôlei, na cidade de Hamamatsu, no Japão.
A seleção brasileira, que antes do Mundial perdeu as ponteiras Paula Pequeno e Mari, contundidas, estreou na competição com três outros desfalques. Natália, com uma tendinite no ombro direito, Adenízia, com lesão no cotovelo direito, e Sheilla, com dores nas costas, foram poupadas.
Assim, o time que começou o jogo foi formado pela levantadora Dani Lins, as ponteiras Sassá e Jaqueline, as centrais Thaísa e Fabiana, a oposto Joycinha e a líbero Fabi.
Contra um adversário formado por jogadoras praticamente amadoras, algumas até acima do peso, o Brasil controlou todas as ações do jogo. A levantadora Dani Lins variou bastante as jogadas. Quatro atletas do Brasil terminaram a partida com mais de dez pontos, sendo que Jaqueline foi a maior pontuadora da partida, com 12 bolas no chão.
"O Quênia não é um time para marcar mais de 15 pontos na gente em um set. E eu tentei distribuir bem o jogo, fazer o feijão com arroz", disse Dani Lins, que fez a sua estreia em Mundiais.
A seleção só perdeu um pouco da concentração depois do primeiro tempo técnico, quando o Quênia encostou no marcador. Mas dois bons ataques de Jaqueline e alguns erros das adversárias colocaram a situação de novo nos eixos. A seleção, então, fechou a parcial em 25 a 15, com um ataque de Joycinha.
O segundo set foi um pouco mais apertado. A seleção demorou a deslanchar no placar. Mesmo assim, o técnico José Roberto Guimarães seguiu tranquilo ao lado da quadra, sem dar bronca nas jogadoras. Jaqueline, com um bom ataque, fez 25 a 16.
A primeira bronca de Zé Roberto aconteceu apenas no terceiro set, quando Dani Lins errou um levantamento. E foi só. Depois, a seleção marcou 10 pontos seguidos, manteve o domínio do jogo e fechou a parcial por 25 a 11.
"O jogo foi como a gente estava esperando. A gente sabe que na estreia é sempre assim, com essa ansiedade. Bonito foi ver o time do Quênia vibrando com todas as bolas", disse Zé Roberto. "Nos dois primeiros sets não jogamos bem, mas eu gostei do terceiro set. A gente jogou mais solto, mais tranquilo", completou.
O Brasil agora volta a jogar neste sábado, às 2h (de Brasília), contra a República Tcheca. Na primeira fase a seleção ainda vai enfrentar Holanda, Porto Rico e Itália.
BRASIL Fabiana, Dani Lins, Thaísa, Jaqueline, Sassá, Joycinha e Fabi. Entraram Carol Gattaz, Fernanda Garay e Fabíola QUÊNIA Wairimu, Makuto, Barasa, Maiyo, Moim, Khadambi e Tarus. Entraram Odwako e Khisa |
NA TORCIDA Poupadas do jogo, Adenízia e Natália viram a vitória brasileira atrás da quadra. As duas se divertiram comendo doces e falando de beleza. | QUESTÃO DE FÉ Primeira jogadora brasileira a entrar em quadra, a capitã Fabiana foi a única do time a se benzer ao pisar no ginásio de Hamamatsu. |
FESTA QUENIANA O Quênia perdeu o jogo, mas comemorou cada ponto marcado contra o Brasil com uma vibração de título olímpico ou mundial. | POUCOS BRASILEIROS Hamamatsu tem uma das maiores colônias de brasileiros no Japão, mas poucos compareceram ao ginásio. O público foi de apenas 850 espectadores. |
JAQUELINE Maior pontuadora da partida, jogadora deixou a quadra querendo chamar mais a responsabilidade nos jogos. | MOIM A oposto queniana falhou em diversas recepções que fez, atrapalhando as jogadas de ataque. | ||
DANI LINS Atleta superou a ansiedade na estreia do Mundial e distribuiu bem o jogo entre as atacantes da seleção brasileira. | WAIRUMI Levantadora cometeu pelo menos 3 erros bisonhos na partida, mostrando baixa qualidade técnica. |
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