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Torcedor da Mancha estende faixa da torcida no jogo entre Brasil e Quênia

29/10/2010 - 12h00

Torcidas organizadas do futebol combinam para não se encontrar nos jogos do Mundial

Lello Lopes
Em Hamamatsu (Japão)

No Mundial de vôlei de 2006, realizado também no Japão, uma briga entre integrantes da Mancha Alviverde, do Palmeiras, e Independente, do São Paulo, marcou a participação da torcida brasileira. Para evitar um novo incidente, integrantes das uniformizadas agora combinam quais jogos do Brasil vão ver no campeonato para não se encontrarem.

  • Palmeirense, Leandro fez questão de levar faixa de 25 metros e cerca de 30 quilos da Mancha Verde

  • Morador de Nagoya, Alexandre (esquerda) visitou Hamamatsu para apoiar a seleção no Mundial 2010

Nesta sexta-feira, na estreia da seleção no Mundial feminino, apenas a Mancha Alviverde marcou presença no ginásio de Hamamatsu. A torcida palmeirense foi representada por um único integrante: Leandro Henrique Pereira Leite.

Mesmo sozinho, Leandro fez questão de levar uma faixa de 25 metros e cerca de 30 quilos da Mancha. A ideia era colocar a faixa bem em frente às câmeras da TV, mas ele foi obrigado a levar o material para o outro lado da quadra.

Operário da construção civil, Leandro, de 32 anos, é um dos mais de 15 mil brasileiros que moram em Hamamatsu. No Japão há 11 anos, ele reconhece que as torcidas dos times de futebol precisam se unir fora do Brasil.

“Precisa ter um entendimento. A gente procura combinar o dia de vir para não ter confusão. E é a liderança de cada torcida que tem que dar esse exemplo”, afirmou o palmeirense, todo trajado com os símbolos da Mancha.

De acordo com Leandro, as torcidas brasileiras no Japão sofrem para acompanhar os seus times.  “Aqui é complicado por causa do horário. Se fizer barulho depois das dez horas a polícia prende mesmo.”

O torcedor também aproveitou para dar a sua “cornetada” no time dirigido por Luiz Felipe Scolari.  “O time tem um elenco reduzido e jogadores medíocres como Rivaldo, Lucas e Tadeu. E o Felipão tem errado em algumas substituições”, afirmou.

O Brasil não teve apoio apenas dos “uniformizados”. Quem também compareceu ao jogo foi Alexandre Kendi Bueno, de 35 anos. Morador de Nagoya, cidade próxima a Hamamatsu, ele fez questão de levar uma bandeira brasileira para o ginásio.

E Alexandre é um veterano na torcida brasileira. Ele esteve presente em alguns jogos no Mundial de 2006, inclusive na derrota para a Rússia na final. Agora, com confiança renovada, promete seguir o time de José Roberto Guimarães em pelo menos nove partidas.

“O Brasil mesmo desfalcado é o favorito. Eu acredito nas nossas meninas”, afirma o torcedor, acompanhado dos pais e de amigos.

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