UOL Esporte Vôlei
 
30/10/2010 - 06h59

Após vitória no sufoco, Brasil aponta ansiedade como problema a ser resolvido

Lello Lopes
Em Hamamatsu (Japão)
  • Sheilla tenta passar pelo bloqueio da República Tcheca no Mundial feminino de vôlei. Jogadora admitiu certa ansiedade contra as adversárias deste sábado. Aos poucos o time vai se soltando. Ali no quarto set a gente já sorriu um pouco mais

    Sheilla tenta passar pelo bloqueio da República Tcheca no Mundial feminino de vôlei. Jogadora admitiu certa ansiedade contra as adversárias deste sábado. "Aos poucos o time vai se soltando. Ali no quarto set a gente já sorriu um pouco mais"

O Brasil é o atual campeão olímpico, vice-campeão mundial e recordista absoluto de títulos do Grand Prix. Mesmo assim, ainda não conseguiu soltar o seu jogo no Mundial de 2010. E isso já começa a incomodar as jogadoras e a comissão técnica.

No jogo deste sábado contra a República Tcheca ficou nítido que o Brasil está ansioso. A seleção errou bolas fáceis, teve problemas no passe e se precipitou em alguns lances. Mesmo assim, conseguiu vencer, mas pelo apertado placar de 3 sets a 2.

“O time está extremamente ansioso, quer botar a bola no chão de qualquer maneira. Não é assim que as coisas funcionam”, reclamou o técnico José Roberto Guimarães. “O time tem que soltar mais um pouco. Está muito preocupado com o resultado”, completou.

As jogadoras reconhecem que ainda estão tensas, mesmo depois de dois jogos. "A gente entrou um pouco ansiosa porque foi o primeiro jogo difícil", disse a ponteira Natália, que deu nota 5,5 para a sua atuação. "Hoje vou ser rigorosa comigo. Vou dar nota 5,5, no máximo 6."

“A pressão existe porque nós nos preparamos mais para o Mundial e para as Olimpíadas. Mas aos poucos o time vai se soltando. Ali no quarto set a gente já sorriu um pouco mais”, afirmou a oposto Sheilla, maior pontuadora da partida.

De fato, o Brasil melhorou nos dois últimos sets contra a seleção tcheca. No tie-break, por exemplo, a seleção não levou sufoco. E muito se deve ao desempenho de Sheilla nos momentos decisivos.

“A Sheilla é extremamente inteligente e muito tranquila. É assim quen tem que ser. Ela não perde o controle, não perde o raciocínio. Nos momentos mais complicados do jogo ela manteve a lucidez”, analisou Zé Roberto.

Para o treinador, o regulamento do Mundial pode ter aumentado a ansiedade das jogadoras. Afinal, os resultados obtidos nessa fase também são válidos na fase seguinte, fazendo com que uma derrota tenha o peso duplicado.

“A gente tem que ter tranquilidade. Não adianta sofrer na véspera. Temos que jogar o nosso jogo”, ensina Zé Roberto.

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