UOL Esporte Vôlei
 
31/10/2010 - 15h00

Jogadoras da seleção lamentam não votar para presidente e fazem eleição interna

Lello Lopes
Em Hamamatsu (Japão)

Enquanto o Brasil acordava para eleger o seu novo presidente, as meninas da seleção brasileira de vôlei já estavam a todo vapor no Japão, arrasando a Holanda no Campeonato Mundial. Mas, mesmo com o foco no torneio, algumas atletas lamentaram o fato de terem perdido a eleição.

CONFIRA ELEIÇÃO INTERNA DA SELEÇÃO

TÍTULO JOGADORA FRASE
Bagunceira

Natália
"Concordo, sou muito bagunceira mesmo. A minha mãe que brinca que sabe quando eu estou em casa quando vê o estado do meu quarto"
Brincalhona

Fabi
"É uma forma de ter o espírito jovem. É também uma forma de desviar a tensão que é disputar um campeonato como o Mundial"
Comilona

Adenízia
"Eu não mudaria nada. É exatamente isso aí", disse o técnico Zé Roberto, que não votou
Dorminhoca

Camila Brait
"Aceito esse título de dorminhoca, mas acho que a Adenízia é mais que eu"
Vaidosa

Jaqueline
"Eu sempre me maquiei, fiz tudo para jogar. E agora está todo mundo se maquiando"

“Eu gostaria muito de ter votado. A gente até pensou em tentar votar aqui, mas a gente já tinha viajado e acabou não dando”, disse a líbero Fabi, uma das líderes da equipe brasileira. A jogadora não escondeu o seu candidato favorito na eleição deste domingo. Se estivesse no Brasil, Fabi votaria no tucano José Serra.

Esta é a segunda vez consecutiva que a seleção brasileira fica fora do país no dia de definir o presidente da República. Em 2006, as meninas não participaram do pleito porque também estavam disputando o Mundial no Japão.

Quem também lamentou ter ficado de fora da eleição foi a ponteira Jaqueline. “Eu também queria tomar essa decisão para o Brasil. A gente está torcendo para que quem vença faça um bom governo”, disse a jogadora, que não revelou o seu voto.

Já a oposto Sheilla deixou de lado a eleição deste domingo. “Nem estou pensando nisso. Só espero que o melhor vença”, falou, com sinceridade.

Com um discurso mais político, Fabi revela o que gostaria que o novo presidente fizesse. “Espero que ele entre de coração aberto porque o Brasil tem muita potência para evoluir. Que o Brasil consiga melhorar a educação e a saúde, porque nós que passamos muito tempo fora do país vemos como as coisas podem funcionar.”

Se não puderam escolher o substituto de Lula no Palácio do Planalto, as meninas da seleção ao menos brincaram de eleição neste domingo. No treino realizado antes da partida contra a Holanda, elas elegeram as jogadoras mais vaidosas, bagunceiras, comilonas, dorminhocas e brincalhonas da equipe.

Em uma disputa acirrada com a meio de rede Fabiana, Jaqueline ganhou o título de mais vaidosa. “Eu sempre me maquiei, fiz tudo para jogar. E agora está todo mundo se maquiando”, conta a atleta, orgulhosa.

No quesito bagunça, a campeã foi a ponteira novata Natália. "Concordo, sou muito bagunceira mesmo. A minha mãe que brinca que sabe quando eu estou em casa quando vê o estado do meu quarto", disse.

Já a dorminhoca da turma é a líbero reserva Camila Brait. “Aceito esse título de dorminhoca, mas acho que a Adenízia é mais que eu”, disse. Se não ganhou como dorminhoca, Adenízia levou o prêmio de comilona da seleção.

Para completar, com quase a unanimidade dos votos, a líbero Fabi foi eleita a brincalhona. “É uma forma de ter o espírito jovem”, disse a atleta de 30 anos, a mais velha da seleção. “É também uma forma de desviar a tensão que é disputar um campeonato como o Mundial”, completou.

Sem ter participado da eleição, o técnico José Roberto Guimarães concorda com o resultado final. “Eu não mudaria nada. É exatamente isso aí. A Fabi imita todo mundo, e imita bem. Ela já deve até ter me imitado, mas até agora eu não vi”, disse o treinador.

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