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FIVB/Divulgação

Natália tenta passar pelo bloqueio de Porto Rico em jogo da seleção brasileira de vôlei

02/11/2010 - 03h52

Em jogo morno, Brasil conta com Natália inspirada para vencer Porto Rico no Mundial

Lello Lopes
Em Hamamatsu (Japão)

O Brasil entrou em quadra contra Porto Rico nesta terça-feira já pensando no clássico de quarta contra a Itália. E precisou ter apenas uma jogadora inspirada para vencer com facilidade. Na melhor apresentação de Natália até agora no Mundial, a seleção ganhou por 3 sets a 0, com parciais de 25-20, 25-18 e 25-20.

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  • Kimimasa Mayama/EFE

    "Mole". Assim a ponteira Jaqueline (e) definiu o seu estado na partida do Brasil contra Porto Rico nesta terça-feira, pelo Mundial feminino de vôlei. A jogadora, que no domingo sofreu uma indisposição estomacal, ainda não está 100% bem fisicamente, mas foi à quadra para pegar ritmo para o jogo desta quarta contra a Itália.

Natália foi a maior pontuadora do jogo. A ponteira da seleção marcou 15 pontos na partida. Sheilla, que vinha sendo o principal destaque do Brasil no Mundial, teve atuação apenas discreta.

A seleção inteira, com exceção de Natália, esteve longe de apresentar aquele voleibol que arrasou a Holanda no domingo. O bloqueio demorou a funcionar (o primeiro ponto no fundamento só foi marcado no final do segundo set) e o passe voltou a mostrar instabilidade.

“Foi um jogo de muitos erros. O nosso time não estava tão concentrado nesse jogo, sinceramente não saio satisfeito com o que vi. A gente fica com o parâmetro do que vimos contra a Holanda. Queríamos a mesma postura e a mesma atitude,  e a gente jogou aquém", analisou o técnico da seleção, José Roberto Guimarães.

A bola de segurança da seleção no primeiro set foi com Natália na entrada da rede. E a ponteira não decepcionou. Na primeira parcial ela marcou 11 pontos. As outras jogadoras do Brasil, juntas, fizeram oito. Outros sete foram obtidos em erros do adversário, como o saque que definiu o 25-20 no set. "Foi uma tática de jogo porque eu estava com o bloqueio da levantadora, que era mais baixo", disse Natália.

A partir do segundo set, a levantadora Fabíola conseguiu distribuir melhor as jogadas. Thaísa, Sheilla e Jaqueline, recuperada de uma indisposição estomacal, viraram opções de ataque.

O Brasil, entretanto, só conseguiu se impor de fato na metade do set, quando abriu uma sequência de dez pontos a dois contra as portorriquenhas. O técnico José Roberto Guimarães então colocou as reservas Joycinha e Dani Lins em quadra. E a seleção fechou a parcial em 25-18 em um ataque de meio de Thaísa.

No terceiro set, o Brasil seguiu em ritmo morno. Mesmo assim, a seleção de Porto Rico em nenhum momento chegou a ameaçar a vitória brasileira, que foi sacramentada em 25-20 com um ataque de Fernanda Garay.

Apesar de o Brasil não ter ido bem, o técnico Zé Roberto elogiou os desempenhos de Natália e Fabi. Mas a  líbero também reconhece que a seleção poderia ter atuado melhor. "Jogar contra times teoricamente mais fracos nos faz cometer erros que a gente não se permite. Nesse tipo de jogo, os erros que a gente comete nos deixam mais "P da vida", revelou.

Com quatro vitórias em quatro partidas, a seleção agora se concentra para enfrentar a sua principal rival na primeira fase, a Itália. O jogo está marcado para 7h (de Brasília) desta quarta. Até lá, o Brasil ainda deve realizar dois treinos.

FICHA DO JOGO

BRASIL
Fabíola e Sheilla; Jaqueline e Natália; Fabiana e Thaísa; Fabi. Entraram: Dani Lins, Adenízia, Sassá, Joycinha e Fernanda Garay

PORTO RICO
Mojica e Malpica; Aurea Cruz e Alvarez; Oquendo e González; Shara Venegas. Entraram: Pamela Cartagena, Tatiana Encarnación, Michelle Nogueras

DIRETO DO GINÁSIO

DESASTRADA
Na hora de arremessar um brinde para a torcida, Natália deixa cair a bolinha que estava na mão. Depois, jogou o brinde onde não tinha arquibancada.
NA BRONCA
Quando Thaísa errou uma bola de xeque no início do terceiro set, Zé Roberto sentou no banco e disse, revoltado: “esse erro eu não admito”.
TORCIDA INFANTIL
A torcida brasileira foi reforçada por dezenas de crianças que chegaram em excursão e ganharam bonés do patrocinador da seleção.
QUERIDINHAS
Antes do jogo, o locutor do ginásio falou sobre duas jogadoras da seleção: Sheilla e Jaqueline, as preferidas da torcida japonesa.

MELHORES E PIORES

Natália
Teve um primeiro set irrepreensível e mostrou estar em grande forma.
González
Meio de rede não conseguiu bloquear nenhuma bola em sete tentativas.
Fabi
Com o bloqueio ruim do Brasil, ajudou na defesa e evitou que o time se complicasse.
Venegas
Líbero não conseguiu segurar o ataque brasileiro na partida.

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