UOL Esporte Vôlei
 
FIVB/Divulgação

Seleção brasileira estudou muito a Itália e conseguiu marcar suas principais atacantes

03/11/2010 - 10h25

Obediência tática e provocações na quadra movem Brasil contra a Itália

Lello Lopes
Em Hamamatsu (Japão)

A soma de um time taticamente obediente com jogadoras motivadas após uma série de provocações é simples: um jogo quase perfeito. Essa foi a matemática da vitória brasileira sobre a Itália por 3 sets a 0 nesta quarta-feira, no encerramento da primeira fase do Mundial feminino de vôlei.

A Itália, ao lado da Holanda, foi o time mais estudado pelo Brasil na preparação para o Mundial. E a seleção usou esse conhecimento para marcar as principais atacantes italianas e achar espaço na defesa adversária. Deu resultado.

“Taticamente a gente foi muito bem. Fizemos tudo o que o Zé (Roberto Guimarães, técnico da seleção brasileira) colocou na prancheta”, disse a ponteira Jaqueline, autora de nove pontos na partida.

Na prancheta de Zé Roberto estava determinado que o saque seria forçado em cima da musa Piccinini e que o bloqueio do Brasil iria se concentrar em apenas uma jogadora: Gioli.

“O Zé falou: ‘esquece que tem ponteira, vai o tempo inteiro nela’”, disse a meio de rede Thaísa, referindo-se à Gioli. No final, o Brasil acabou com 16 pontos de bloqueio. E Gioli colocou apenas seis bolas no chão.

Já o saque forçado desestabilizou o passe italiano. A levantadora Lo Bianco poucas vezes conseguiu jogar com a bola na mão. “Sacar na Piccinini é legal para caramba, ainda mais porque ela não passa legal”, comemorou Jaqueline.

A rixa com a musa do vôlei italiano foi só um aperitivo no clássico desta quarta. “Ela tem um ar de soberba. Fiquei sacaneando com ela”, disse a meio de rede Fabiana, capitã da seleção brasileira.

As provocações começaram antes da partida. “No aquecimento teve uma menina que deu uma bolada na Adenízia. Era o que faltava. A gente falou que ia partir para cima", conta Fabiana.

No jogo, quem quase arrumou confusão foi Thaísa. Ela trocou provocações com Gioli, uma das estrelas da seleção italiana. “Ela gritou na minha cara em um ponto que explorou o meu bloqueio. Depois eu a peguei no bloqueio e gritei também, batendo no peito”, revela.

Placar UOL no iPhone

Hospedagem: UOL Host