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Alexandre Arruda/CBV

Brasil venceu os dois amistosos que disputou contra a Alemanha em julho deste ano

08/11/2010 - 16h00

Brasil tem cenário favorável na primeira chance de ir para a semifinal do Mundial

Lello Lopes
Em Nagoya (Japão)

O Brasil tem contra a Alemanha nesta terça-feira, às 3h (de Brasília), a sua primeira chance de garantir uma vaga nas semifinais do Mundial feminino de vôlei. E a seleção conta com um cenário extremamente favorável: enfrenta um rival conhecido, freguês em jogos oficiais e que tem poucas opções de ataque. Uma vitória garante o Brasil na próxima fase.

Até agora, as melhores atuações da seleção no campeonato foram contra Holanda e Itália, equipes com esses atributos. O Brasil sabia muito bem como os dois jogavam, além de ter um largo histórico de vitórias sobre os rivais. Já os adversários que a seleção encontrou mais dificuldade para vencer foram justamente aqueles que ela menos conhecia, República Tcheca e Cuba.

Diante da Alemanha, a seleção não terá esse problema. O Brasil enfrentou as alemãs em amistosos em 2010. O técnico da adversária, o italiano Giovanni Guidetti, é amigo do treinador brasileiro, José Roberto Guimarães. E uma das principais estrelas do time, a central Christiane Fürst, foi comandada por Zé Roberto por duas temporadas na Itália.

Mesmo assim, a seleção espera um compromisso difícil. As alemãs ocupam a terceira colocação do grupo F, com oito pontos (três vitórias e duas derrotas), atrás apenas de Brasil e Estados Unidos.

“O que a Alemanha está tendo de mais importante é o volume de jogo. É um time que está defendendo muito e contra-atacando com muita velocidade. Talvez tenha mais dificuldade na saída de bola, ou seja, quando o adversário saca”, analisa José Roberto Guimarães.

O treinador brasileiro aponta uma jogadora alemã que merece ter marcação especial: a oposto Kozuch. “Ela está sendo a jogadora principal do time, a que está recebendo e virando mais bolas”, disse. Até agora Kozuch já marcou 114 pontos, mais que o dobro da segunda maior pontuadora do time, a ponteira Brinker, que colocou 53 bolas no chão.

Para a oposto Sheilla, o time alemão evoluiu em relação àquele que perdeu para o Brasil nos dois amistosos realizados no meio do ano em Minas Gerais. “A Alemanha é um time novo, que tem muita alegria e força de vontade. É uma equipe que joga certinha. Então a gente tem que jogar bem, a começar pelo saque”, afirmou.

Zé Roberto também acredita que a chave para a vitória do Brasil passa por um bom saque. “O que a gente precisa fazer é tentar quebrar o passe da Alemanha, fazer com que as bolas sejam atacadas mais pelas ponteiras. Isso pode facilitar um pouco as nossas ações de jogo.”

Caso o Brasil não passe pela Alemanha, terá mais uma chance para se classificar para as semifinais do Mundial. A seleção, então, precisaria vencer os Estados Unidos na quarta-feira, também às 3h, para não depender de nenhum outro resultado para avançar.

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