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FIVB/Divulgação

Brasil perdeu para os EUA no GP, mas venceu 4 amistosos contra o time em setembro

09/11/2010 - 16h00

Sem pressão, Brasil pega último algoz na preparação para a semifinal

Lello Lopes
Em Nagoya (Japão)

O Brasil chegou ao jogo mais difícil da segunda fase do Mundial feminino de vôlei na melhor situação possível: sem pressão por já estar classificado para as semifinais do campeonato. Por isso, a partida desta quarta-feira, às 3h (de Brasília), contra os Estados Unidos, vai servir principalmente de preparação para os jogos decisivos do campeonato.

A seleção brasileira tem praticamente assegurada a primeira colocação do grupo F. Apenas uma surra incrível fará o time perder a posição para os Estados Unidos. No outro grupo, a Rússia vive uma situação parecida com o Japão. Assim, muito provavelmente o Brasil vai enfrentar as japonesas na semifinal de sábado.

Mesmo com a situação praticamente definida, a seleção brasileira encara o jogo com responsabilidade. Afinal, os Estados Unidos foram o último algoz do Brasil, vencendo o time de José Roberto Guimarães na fase final do Grand Prix.

“A gente tem que entrar de olho na vitória. É um jogo que vale o primeiro lugar do grupo e um cruzamento mais fácil na semifinal. Os Estados Unidos são um time muito forte, estão entre os favoritos ao título. E para elas a partida contra a gente vai valer a classificação”, disse a oposto Sheilla.

De fato o jogo vale a vaga para a seleção norte-americana. Os Estados Unidos precisam vencer o Brasil para avançar à semifinal do Mundial sem depender de mais ninguém. Em caso de derrota, têm que torcer para a Itália não passar por Cuba. Se Estados Unidos e Itália terminarem a fase empatados, a definição do classificado se dará pelo ponto average (pontos marcados contra pontos sofridos).

Para o técnico José Roberto Guimarães, o fato de entrar em quadra pressionado não vai interferir no jeito dos Estados Unidos jogarem contra o Brasil. “É um time que está acostumado a chegar nessas horas de decisões, veio brigar aqui pelo título”, afirmou o treinador.

Os Estados Unidos já estiveram no caminho do Brasil na temporada. Uma derrota para as norte-americanas na fase final do Grand Prix significou o fim do sonho do título para as brasileiras.

“Elas têm uma qualidade grande no sistema defensivo, principalmente com a Logan (Tom, ponteira), que cobre toda a quadra. E a Hooker (oposto) é um grande desafogo nas jogadas de ataque”, analisou Zé Roberto.

Apesar de ter batido o Brasil na temporada, e com o rival já classificado para as semifinais, o técnico dos Estados Unidos não acredita em facilidade na partida desta quarta-feira.

“Vai ser um jogo muito difícil, é isso que posso dizer. Teremos que jogar o nosso melhor voleibol”, afirmou Hugh McCutcheon, que em 2008 ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim dirigindo a seleção masculina de vôlei, batendo justamente o Brasil na decisão.

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