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FIVB/Divulgação

Com retrospecto a favor e invicto, Brasil tenta frear embalo do anfitrião Japão

12/11/2010 - 15h00

Contra rival empolgado, Brasil tenta chegar à final pela 2ª vez seguida

Lello Lopes
Em Tóquio (Japão)

O Brasil tenta às 7h (de Brasília) deste sábado um feito inédito: chegar a uma final do Mundial feminino de vôlei pela segunda vez seguida. Para isso, vai ter que superar o Japão, empolgado com a surpreendente campanha que o levou até as semifinais da competição.

Esta é a quarta vez que o Brasil disputa uma semifinal de Mundial. Em 1994, em São Paulo, a seleção bateu a Rússia e se classificou para a decisão, mas perdeu o título para Cuba. No Mundial seguinte, em 1998, as cubanas impediram que o Brasil chegasse a uma nova final, vencendo a semi em Pequim.

A seleção só voltou a disputar uma semifinal em 2006, em Osaka, no Japão. A equipe, já comandada por José Roberto Guimarães, derrotou a Sérvia. Na decisão, o time perdeu para a Rússia.

Agora, o Brasil tem a chance de pela primeira vez ir a duas finais seguidas de Mundial. Para isso, vai ter que superar a pressão da torcida japonesa e a empolgação da seleção anfitriã, que volta a disputar uma semifinal de Mundial depois de 28 anos.

“Na semifinal quem tiver mais coração, jogando mais feliz e alegre e conseguindo fazer melhor os fundamentos, vai levar a melhor”, disse a meio de rede Fabiana, capitã da seleção brasileira.

Para o técnico José Roberto Guimarães, apesar de barulhenta, a torcida japonesa não deve incomodar a seleção brasileira. “Aqui no Japão a torcida é diferenciada. O time adversário não sente tanto a pressão como é no Brasil. Elas (as jogadoras) até sabem qual o tipo de torcida que vão encontrar porque já estão habituadas. A torcida não vai ser um empecilho. Empecilho vai ser o time do Japão, que está jogando com confiança. Há quanto tempo o Japão não estava pensando nesse momento, em voltar a disputar uma semifinal?”

O time japonês chegou às semifinais com sete vitórias e duas derrotas (para China e Rússia). E, diferentemente dos últimos anos, quando destacava-se apenas pela boa defesa, a equipe agora conta com um ataque potente. A ponteira Saori, por exemplo, é a segunda maior pontuadora do Mundial.

“O Japão melhorou muito nos últimos anos. Hoje tem jogadoras altas e está motivado por voltar a uma semifinal depois de 28 anos. Elas estão jogando em casa, então vai ser um jogo duro. Temos que sacar muito bem”, disse a oposto Sheilla.

No histórico de confrontos, o Brasil leva ampla vantagem. Ao todo, as seleções se enfrentaram 96 vezes, com 62 vitórias brasileiras e 34 japonesas. Em jogos oficiais, o domínio é ainda maior: 42 vitórias do Brasil e apenas 11 do Japão. Entretanto, no último jogo as orientais levaram a melhor: 3 a 2 na fase final do Grand Prix, encerrando um jejum de nove anos sem vitórias sobre as brasileiras.

Na outra semifinal do dia, Rússia e Estados Unidos se enfrentam às 4h (de Brasília). Atuais campeãs do torneio, as russas tentam chegar à final do Mundial pela oitava vez. Já as norte-americanas, que venceram o Grand Prix na temporada 2010, decidiram o título mundial em duas oportunidades.

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