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FIVB/Divulgação

Seleção brasileira comemora a difícil vitória diante do Japão na semifinal do Mundial

13/11/2010 - 17h00

Com novo status, Brasil tenta revanche contra Rússia por ouro inédito

Lello Lopes
Em Tóquio (Japão)

Quatro anos atrás, Brasil e Rússia decidiram o Mundial feminino de vôlei. As brasileiras tinham no currículo apenas títulos do Grand Prix e ainda viviam o dissabor da dolorosa derrota para a Rússia na semifinal da Olimpíada de Atenas-2004. As duas seleções fizeram um jogo equilibrado, mas as russas levaram a melhor. Agora, com um novo status, o Brasil tem a chance da revanche neste domingo, às 8h30 (de Brasília).

RÚSSIA VENCE EUA E AVANÇA À FINAL

  • A Rússia garantiu neste sábado a classificação para a final do Mundial feminino de vôlei ao derrotar os Estados Unidos pelo placar de 3 sets a 1 (25-16, 13-25, 25-19 e 25-21). Agora, as russas enfrentam na decisão, domingo, o Brasil, que passou pelo Japão em cinco sets.Leia o relato

A seleção que vai entrar em quadra no Yoyogi National Stadium, em Tóquio, para enfrentar a Rússia na decisão deixou definitivamente para trás a fama de  ‘amarelona’ ao ganhar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim. E é com esse novo status que vai tentar se sagrar pela primeira vez campeã mundial.

A tarefa, entretanto, não será fácil. A Rússia é a maior potência do campeonato. As europeias, que disputam a final pela nona vez, estão em busca de seu sétimo título. E chegam invictas à decisão, com dez vitórias e apenas cinco sets perdidos.

O Brasil também está invicto. Mas o caminho foi mais turbulento. Duas partidas foram vencidas apenas no tie-break, entre elas a semifinal contra o Japão, que as brasileiras viraram depois de estarem perdendo por 2 a 0.

“Essa adrenalina é um pouco perigosa. O que a gente passou hoje, esse cortisol que foi fabricado. Menos mal que o jogo será às 19h30 (8h30 de Brasília). Então a gente tem tempo para se recuperar”, disse o técnico da seleção, José Roberto Guimarães.

E as armas da Rússia para a final deste domingo são as mesmas utilizadas na decisão de quatro anos atrás: bola alta para a gigante Gamova na ponta ou bola de segurança para a craque Sokolova.

“A Gamova continua sendo a melhor atacante de bolas altas do mundo. Apesar de ter 2,02 m ela é uma jogadora habilidosa. E quem está melhor do que no passado é a Sokolova. Ela está passando e atacando. Não sei como ela está aguentando”, disse Zé Roberto.                        

A capitã da seleção brasileira, a meio de rede Fabiana, também mostra certa preocupação com a ponteira russa. “A gente sabe que é um jogo frio, não podemos entrar na onda delas. A gente tem que sacar muito bem e defender bem. Principalmente as bolas da Gamova, que é alta, são bolas de defesa.”

Para a levantadora Fabíola, a receita para o Brasil vencer a Rússia é ter concentração total nas adversárias. “São meninas muito altas e fortes de ataque. Então a gente tem que descansar hoje e depois jantar Rússia, lanchar Rússia, tomar café Rússia, porque é a única chance que nós temos. Sabemos que é uma grande equipe e que será um jogo difícil, mas o nosso time lutou para estar nesse momento. Vamos fazer o nosso melhor.”

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