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FIVB/Divulgação

Seleção brasileira comemora a difícil vitória diante do Japão na semifinal do Mundial

13/11/2010 - 13h55

Com reza e perseverança, Brasil salva "viola em caco" na semifinal

Lello Lopes
Em Tóquio (Japão)

A situação do Brasil na partida contra o Japão estava difícil. Apoiadas pelo público que lotou o Yoyogi National Stadium, em Tóquio, as japonesas abriram 2 a 0 no placar e ficaram perto de conseguir a vitória. Mas a seleção brasileira não desistiu. O time encontrou força para superar as adversárias e conseguir a virada que garantiu vaga na decisão do Mundial feminino de vôlei.

“A gente viu hoje a viola em caco, foi muito complicado sair daqui com essa vitória, foi sofrida, foi ponto a ponto. Não esperava um jogo diferente, esperava essa dureza mesmo, mas poderia ser um pouquinho menos duro”, disse o técnico José Roberto Guimarães.

Valeu até apelar aos céus por uma ajudinha. “Quando a gente começou a virar, cada hora que eu voltava do tempo eu rezava uma Ave Maria e falava: “Jesus, abençoe o nosso time aqui que vai dar tudo certo.” Entreguei na mão de Deus e deu tudo certo, graças a Deus”, disse a ponteira Natália, que se benzeu algumas vezes antes de entrar em quadra.

Evangélica, a levantadora Fabíola também colocou na conta divina uma parcela da classificação brasileira para a final do Mundial. “Glorifico a Deus que diante de todas as situações difíceis a gente conseguiu se superar”, falou a jogadora depois da partida, com a sua tranquilidade habitual.

Mas é claro que não foi só a ajuda dos céus que fez o Brasil virar contra o Japão. As meninas mostraram muita garra para reverter a situação difícil. “A gente acredita até o final. O brasileiro não desiste nunca. Eu estou tremendo até agora de nervosismo, sabendo que estava apertado o jogo o tempo inteiro, ponto a ponto. Foi muito difícil, mas a gente não deixou de acreditar em nenhum momento”, disse a meio de rede Thaísa.

A oposto Sheilla, maior pontuadora do Brasil no jogo, também exalta a perseverança da seleção. “Foi o trabalho não só desse ano, do ano passado inteiro, esperando isso. A gente tinha confiança de que iria virar o jogo. A motivação vem disso. A gente merecia, a gente trabalhou muito. A gente não iria jogar fora uma coisa sem lutar. Por mais que estivesse equilibrado faltava um pouquinho da gente. E a gente fez isso no final”, falou a jogadora.

Zé Roberto tentou passar esse espírito para as jogadoras. “Na minha vida eu não desisto nunca. Enquanto não cair a última bola eu não vou desistir. Nosso time não é assim de desistir. Se você tem força é uma questão de tempo para ajeitar os fundamentos e botar a cabeça para pensar em cima do adversário que as coisas saem.”

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