UOL Esporte Vôlei
 
13/11/2010 - 10h25

Contra 'irritante' Japão, Brasil celebra superação, mas lamenta erros

Lello Lopes
Em Tóquio (Japão)

A cena se repetiu dezenas de vezes: ataque forte do Brasil que parava na defesa japonesa. O time precisou de muita paciência para colocar a bola no chão neste sábado, na semfiinal do Mundial feminino. E a defesa do Japão deu tanto trabalho que as brasileiras encontraram um termo para definir como foi a situação: "irritante"

"É irritante porque a gente dá bolada, dá forte, e elas defende, a gente larga e elas defendem. Uma hora a gente chega e fala: "e agora?" Foi um jogo que além de cansar fisicamente cansou também a cabeça. Você tem que pensar demais, tem que ter paciência", disse a ponteira Natália, que marcou 23 pontos na partida.

O Brasil fez 171 ataques na partida. Desses, a defesa ou o bloqueio japoneses conseguiram pegar 74. O Brasil transformou a jogada em pontos 76 vezes. Nas outras 21 oportunidades a bola foi para fora. “É irritante a defesa do Japão. Não só contra a gente, a bola não cai, a gente se preparou para isso, mas foi difícil. De qualquer forma é bonito de ver elas jogando”, declarou a líbero Fabi.

O treinador José Roberto Guimarães analisou mais friamente a vitória. “Foi um jogo extremamente difícil, nosso time demorou muito para achar as bolas, na defesa e ataque, sabíamos que isso ia acontecer. Felizmente no tie-break, só a gente conseguiu achar. Lógico que não ficamos felizes, porque tivemos um grande desgaste, mas menos mal que passamos”, disse o técnico.

“A gente também não queria essa emoção não, sabíamos que ia ser difícil, mas não tanto assim, elas estavam muito motivadas, estava tudo pronto para a festa delas. Estamos muito felizes por passar por esse desafio e mostramos o espírito brasileiro, de lutar por todas as bolas”, continuou Fabi.

A central Fabiana, um dos destaques da virada brasileira ao entrar bem e assumir a responsabilidade, falou sobre sua importância no jogo. “Eu tento passar confiança para as meninas o tempo todo. Eu sabia que eu ia gritar e puxar o time junto. Eu chamava a responsabilidade para mim, para deixar as meninas tranquilas”.

Após a vitória por 3 sets a 2 sobre as japonesas, o Brasil encara neste domingo, a Rússia, na decisão do Mundial, em reedição da final de 2006, às 8h30 (de Brasília), com acompanhamento ao vivo do Placar UOL.

Placar UOL no iPhone

Hospedagem: UOL Host