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FIVB/Divulgação

Fabi chora em quadra após derrota do Brasil para a Rússia na decisão do Mundial

14/11/2010 - 13h25

Após derrota, brasileiras pedem desculpas e lamentam vacilos na decisão

Lello Lopes
Em Tóquio (Japão)

Assim que Gamova fechou a final do Mundial feminino de vôlei o mundo desabou sobre as jogadoras brasileiras. Jaqueline e Fabi se atiraram no chão, aos prantos. Natália e Fabiana caminharam meio perdidas na quadra. As outras atletas buscavam um abraço de consolação. Ao fundo, as russas gritavam e pulavam na comemoração do bicampeonato mundial.

As jogadoras do Brasil só deixaram a quadra depois que todas as russas já tinham ido ao vestiário trocar de roupa para a cerimônia de premiação. Aos poucos, as brasileiras encontraram forças para falar. Com a voz rouca e o rosto inchado por causa das lágrimas lamentaram os vacilos e pediram desculpas pela derrota.

“É ruim viver este momento de novo, há quatro anos eu disse a mesma coisa, mas são 14 guerreiras, a gente fica se questionando o porquê isso aconteceu. A gente trabalhou tanto, fez tanto, temos uma boa estrutura. É difícil falar alguma coisa. A gente pede desculpa para as nossas famílias, para o povo brasileiro, a gente queria muito este título”, desabafou a líbero Fabi.

A meio de rede Fabiana, capitã da seleção, acredita que a equipe tenha cometido alguns erros nos momentos decisivos do jogo. "A gente teve várias oportunidades de abrir o placar ou fechar em certos momentos, mas cometemos alguns erros. A Gamova jogou super bem e a gente sabe que sempre em momentos decisivos ela joga bem."

A seleção russa contou mesmo com uma bela atuação de Ekaterina Gamova, de 2,02 m de altura, que anotou 35 pontos (29 ataques, quatro bloqueios e dois aces) durante o duelo, quase dez a mais do que a melhor pontuadora brasileira – Sheilla, com 26 pontos (23 ataques, um bloqueio e dois saques).

Mesmo assim, para Natália, a seleção podia ter jogado melhor. “Infelizmente só ganha um. Nós cometemos alguns vacilos, eu acho que eu poderia ter dado mais, que a gente poderia ter tido mais vibração, dado tudo. Eu fico triste, é todo um trabalho que a gente joga fora. Joga fora não, na verdade o segundo lugar é bom, mas não era o nosso objetivo. A gente vai seguir tentando”, afirmou a segunda melhor pontuadora da seleção, com 18 pontos.

Já a ponteira Jaqueline ainda tentava entender os motivos da derrota brasileira. "Infelizmente não foi o dia, só isso. Não sei nem explicar, porque a gente jogou desde o começo muito bem. É muito difícil nessas horas falar porque aconteceu. A gente lutou, todo mundo está de prova que a gente lutou. Só que não era pra ser nosso", disse a jogadora.

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