UOL Esporte Vôlei
 
14/11/2010 - 14h03

Brasil critica a arbitragem, mas admite que "o choro é livre"

Lello Lopes
Em Tóquio (Japão)

Um lance deixou a seleção brasileira revoltada na final do Mundial feminino contra a Rússia. No tie-break, um ataque de Sheilla caiu na quadra russa. O árbitro assistente deu bola boa, mas o juiz de cadeira, o sul-coreano Kim Kun-Tae, inverteu a marcação e deu ponto para a Rússia. Assim, o que seria 8-6 para as brasileiras virou 7-7.

Na sequência do jogo, a Rússia conseguiu passar à frente do marcador até fechar o tie-break em 15-11, ganhando a partida por 3 sets a 2.

“Eu como não tinha um ângulo bom de visão não vi a bola. Só vi que o bandeira marcou dentro, a Fabizinha disse que a bola foi dentro e depois o pessoal da Federação Internacional me falou que foi dentro. Isso é mais grave porque é um tie-break de 15 pontos e um ponto custa bastante, principalmente quando a diferença poderia ser de dois. Agora não sei, é difícil precisar o que pode ter alterado. Não acho que foi isso. Mas não adianta, o choro é livre. E a Rússia foi campeã”, disse o técnico José Roberto Guimarães.

Após a partida, enquanto as jogadoras se preparavam para subir ao pódio, Zé Roberto e o restante da comissão técnica ficaram analisando o vídeo com o lance do ponto polêmico. E chegaram à conclusão de que a bola foi mesmo dentro, o que só aumentou a revolta com o árbitro.

“Eu já tinha dito para não colocar o árbitro coreano para apitar. E aí a bola que seria o nosso oitavo ponto e o bandeira deu dentro ele inverteu a marcação. A bola foi dentro. Eu já tinha alertado pra não botaram para apitar o jogo porque ele já tinha histórico. Mas é isso. Acharam que era o juiz adequado pra apitar”, disse o treinador.

Kim Kun-Tae foi o juiz de outras duas derrotas emblemáticas do Brasil para a Rússia: na semifinal dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, e na decisão do Mundial de 2006. As duas partidas também acabaram com o placar de 3 a 2 a favor das russas.

"Um ponto perdido é fundamental, não tem como. Aquela bola da Sheilla ali foi dentro. Mas jogo de voleibol é isso. Sempre vai acontecer, e infelizmente aconteceu no pior momento. Mas a gente sabe que isso vai acontecer. Naquela hora ali a Rússia encostou no placar", lamentou a meio de rede Fabiana, capitã da seleção brasileira.

Já a levantadora Fabíola preferiu minimizar o erro da arbitragem. "Lógico que fez falta, mas não foi só esse ponto que fez a gente perder a partida. Lutamos o tempo inteiro, mas no final a gente não conseguiu segurar a Gamova", disse a jogadora.

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