UOL Esporte Vôlei
 
23/11/2009 - 17h13

Superliga muda fórmula de disputa para tentar ser mais atrativa

José Eduardo Martins
Da Folhapress
Em São Paulo

A Superliga de vôlei vai mudar de formato outra vez. Para atender aos interesses da televisão e dos clubes, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) resolveu acabar com o sistema de quatro turnos com finais. O campeonato nacional voltará a ser disputado em turno e returno simples, com todas as equipes se enfrentando.

Os oito mais bem colocados garantem vaga para os playoffs das quartas de final, que assim como as semifinais, serão em melhor de três jogos. Já a final será em partida única, que deve ser realizada no início de abril de 2010. Mais uma vez, as decisões do masculino e do feminino devem ser os únicos jogos transmitidos por televisão aberta, a Rede Globo.

“Acho péssimo. É um desrespeito com as torcidas [manter a final em jogo único]”, afirmou o presidente do Minas Tênis, Sérgio Bruno Zech Coelho. Ao contrário dos últimos anos, em que as finais foram realizadas no Rio de Janeiro, existe a possibilidade das decisões serem em outra cidade.

A tabela está sob aprovação da emissora de televisão e da CBV e pode ser alterada. A polêmica fórmula com quatro finais de turnos fora adotada havia duas edições. O sistema gerou muitas críticas.

A ideia de se criar as decisões em cada fase surgiu com a intenção de aumentar o interesse do público e o número de transmissões da televisão. “A fórmula foi usada por causa da televisão e muitas pessoas não a entendiam. O sistema de agora é o que sempre gostei”, avaliou o técnico do Osasco, Luizomar de Moura.

“O único problema é a final em jogo único”, completou Mauro Grasso, treinador do São Caetano. A previsão de início do campeonato, tanto no masculino quanto no feminino, é para o dia 10 de dezembro.

Ainda sem encontrar uma fórmula de conquistar o público, a confederação busca novos patrocinadores para o torneio. Na última semana, a entidade perdeu um dos seus principais apoiadores. A CVC, empresa responsável por custear as viagens das equipes, anunciou a sua saída da competição.

A notícia assustou os dirigentes das equipes, que em alguns casos até repensam a participação no campeonato. “Foi uma surpresa e tornou a situação muito difícil. Agora, é esperar para ver se a CBV encontra uma alternativa para a gente”, disse Coelho.

“No nosso caso, não precisamos deste auxilio, mas é complicado dar essa notícia agora, depois que os clubes fizeram as suas inscrições”, disse Grasso.

O gerente de competições nacionais da confederação brasileira, Renato D’Ávila, foi procurado pela reportagem, mas não telefonou de volta.

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