14/12/2009 - 23h31

Bruninho diz que seleção o ajudou a superar pressão de ser "filho do técnico"

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Em um dos poucos dias de folga do apertado calendário da Superliga masculina de vôlei, o levantador Bruninho esteve nesta segunda-feira no programa “Bem,Amigos”, do SporTV, e, entre outros assuntos, falou da pressão de lidar com o fato de ser filho da ex-jogadora de vôlei Vera Mossa e, principalmente, do ex-jogador e hoje técnico da seleção masculina Bernardinho.

O jogador da Cimed/Malwee admitiu que sempre teve de encarar esta situação, desde que se lançou no esporte, ainda adolescente. “Não me lembro de uma situação única, porque essa dúvida acontece tantas vezes. Quando eu comecei, as pessoas achavam que eu tinha que jogar mais do que os outros, por ser filho de quem eu era”, comentou Bruninho.

Entre os momentos mais marcantes da pressão, ele citou sua convocação para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, quando, às vésperas da competição, foi chamado para substituir o cortado Ricardinho. “Foi o momento mais difícil dessa minha vida de filho de técnico de seleção”, admitiu.

Uma das revelações do levantador, porém, foi o grande apoio que ele recebeu dos companheiros de seleção naquela ocasião e dali em diante. “O grupo sempre me deixou tranquilo, soube me trazer lá para dentro e me disse que eu merecia estar ali”, lembrou Bruninho. “Eles me deixaram muito à vontade e me deram muita confiança para eu continuar jogando vôlei com tanta paixão e tanto amor”.

Falta entrosamento

Ainda no “Bem, Amigos”, Bruninho falou sobre a nova seleção, que apesar de contar com veteranos como Giba e Escadinha, já tem uma base quase totalmente reformulada, com destaques como Lucão, Thiago Alves e Leandro Vissotto.

Porém, questionado sobre a força deste grupo, que em 2009 venceu todos os torneios que disputou (Liga Mundial, Sul-Americano e Copa dos Campeões, além de uma série de amistosos contra os Estados Unidos), o levantador fez questão de minimizar as conquistas.

“Ainda falta entrosamento pra gente chegar no nível da última geração, que eu aprendi a admirar”, reconheceu.