UOL Esporte Vôlei
 
15/01/2010 - 07h07

Com reação ratificada, Rodrigão combate agora o 'salto alto'

Roberta Nomura
Em São Paulo

Duas derrotas consecutivas na Superliga masculina de vôlei expuseram o descontentamento interno no Pinheiros/Sky. O grupo promoveu conversas e reuniões na última semana e já deu sinais de reação dentro de quadra, com dois triunfos seguidos. Agora, o meio-de-rede Rodrigão, que levou a público os problemas do time paulista, quer combater o marasmo e o ‘salto alto’ no time.

Embora tenha ratificado a reabilitação na Superliga, o assunto no Pinheiros ainda é a ‘crise’ desencadeada após a derrota por 3 a 0 para o Sada Cruzeiro. Na ocasião, Rodrigão desabafou no Twitter e disse que se algo não mudasse, a equipe continuaria “passando vergonha”.

Desde então, conversa entre jogadores, reunião com comissão técnica, membros do clube e do patrocinador Sky marcaram os bastidores do Pinheiros. E o resultado foi imediato: uma convincente vitória fora de casa por 3 a 1 sobre o Vivo/Minas, de André Nascimento e André Heller. A reação foi confirmada nesta quinta-feira com o 3 a 0 sobre a Ulbra/São Caetano.

“Foi um bom jogo, mas ainda oscilamos muito. Em certos momentos ficamos parados demais. Ainda teve um pouco de marasmo e isso não pode acontecer”, analisou Rodrigão, que quer combater o rótulo de galácticos. “Às vezes, nos portamos como craques e ficamos à espera do que vai acontecer. A questão não é falta de humildade, mas o time entra em quadra achando que vai ganhar e não é assim”, falou o meio-de-rede ao UOL Esporte.

Semanas antes de Rodrigão, o ex-central da seleção brasileira Gustavo também havia demonstrado descontentamento em público. “Não estávamos criticando o clube ou a patrocinador. Era para chacoalhar os jogadores e foi o que realmente aconteceu. Isso serviu para a gente crescer.”

O desabafo de Rodrigão com a postura do time dentro de quadra foi considerado normal e não teve outras consequências, segundo o próprio elenco. “O que nos fez externar, na verdade, foi a derrota para a Cimed em casa [na partida anterior ao revés diante do Sada], quando as coisas não aconteceram da forma que a gente queria. Somos conscientes do que estamos fazendo e temos um grupo forte e unido”, disse o técnico Cebola.

Em 11 partidas disputadas, o Pinheiros soma oito vitórias e ocupa a quarta colocação. As três derrotas sofridas foram nos clássicos contra a Cimed (de Bruninho, Thiago Alves, Lucão, Éder e Mário Júnior) e o Cruzeiro (do maior pontuador da Superliga, Wallace), além do revés diante da sensação do torneio Montes Claros/Funadem – equipe que derrubou o último invicto: a atual bicampeã Cimed.

“O time está evoluindo. A imprensa noticiou crise, mas se teve foi interna e já foi superada com as vitórias sobre o Minas, que tem um time excelente, e a Ulbra. A comissão técnica e os jogadores resolveram o assunto”, opinou o presidente do Pinheiros, Antonio Moreno Neto. O mandatário se disse satisfeito com o desempenho do time que ostenta um dos maiores investimentos do voleibol nacional com as contratações de estrelas como Giba, Gustavo, Rodrigão e Marcelinho.

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