UOL Esporte Vôlei
 
19/01/2010 - 07h07

Bernardinho destaca Wallace, e disputa por vaga na seleção pode inflar

Roberta Nomura
Em São Paulo

O principal objetivo da seleção brasileira masculina de vôlei em 2010 é o Campeonato Mundial, que começa em setembro na Itália. A base da equipe será mantida, mas o técnico Bernardinho deve testar jovens atletas antes de definir o elenco que buscará o terceiro título do torneio. O treinador destacou o oposto Wallace, do Sada Cruzeiro, e a disputa na saída de rede pode inflar.

NA CONTRAMÃO DOS HOMENS, FABI DIZ QUE PARA ELA "MUNDIAL JÁ COMEÇOU"

  • O discurso entre os selecionáveis é muito parecido e os jogadores dizem tentar não pensar no Mundial masculino, que começa no fim de setembro. A líbero Fabi, no entanto, destoa e afirma que para ela a competição feminina já começou.

    ?Desde que acabou 2009, o Mundial já começou. Esta é a competição mais importante para a seleção feminina, porque é um título que não temos ainda e vamos buscar?, disse. Líbero titular, Fabi apontou os principais adversários do Brasil no torneio que será disputado em outubro no Japão. ?Tem Itália, Rússia, China, Japão e Cuba, que mesmo fora do cenário mundial no último ano, a gente não sabe como vai estar. E tem a Holanda que ganhou o Grand Prix em 2007.?

“As portas da seleção estão sempre abertas. Claro que vamos manter a base do ano passado, que se mostrou muito eficiente, e sem fazer mudanças bruscas. Eu sigo observando alguns nomes”, afirmou Bernardinho em evento da marca esportiva Olympikus, em São Paulo.

O técnico mencionou um nome, em especial, além dos jovens atletas do Brasil Vôlei Clube. As atuações no Sada Cruzeiro, atual líder da Superliga, fazem de Wallace um dos candidatos a uma vaga como oposto na equipe-verde amarela. Bernardinho condiciona a possível convocação à regularidade e pode até testá-lo na primeira fase da Liga Mundial. “Ou em outros jogos mais para frente”, completou.

Maior pontuador da última edição da Superliga, Wallace ocupa o mesmo status no momento, com 191 pontos (155 de ataque, 23 de bloqueio e 13 de saque). Ainda na temporada passada, quando defendia o Vôlei Futuro, o jovem oposto de 22 anos foi uma das revelações da competição e foi premiado como melhor sacador.

Em 2009, ano em que a seleção venceu todas as competições que disputou, Leandro Vissotto assegurou o posto de titular na saída de rede na maioria dos jogos. Rivaldo e Théo foram efetivamente testados e concorrem a uma vaga, que ainda tem o experiente André Nascimento na briga.

Se a vaga de oposto ainda está em aberto, há posições que não devem sofrer grandes mudanças. No entanto, os atletas adotam discurso cauteloso em relação à convocação para o Mundial.

“Este ano é importante, porque dá para a gente igualar a Itália em números de títulos mundiais e jogando na Itália. Mas eu não vou falar muito, porque tem que ver se o ‘homem’ vai me convocar”, disse bem-humorado Escadinha. O líbero defende a seleção desde 2001, ano em que o técnico Bernardinho assumiu o comando.

Após seu primeiro ano como levantador titular, Bruninho vive a expectativa de estrear no Mundial. “Pode ser muito especial, ainda mais na Itália, que tem um público apaixonado. Mas tem que pensar no dia a dia. Primeiro em fazer uma boa Superliga. Se eu for convocado, ainda tem a Liga antes.”

Capitão da seleção, Giba deve compor a lista de Bernardinho. O ponteiro, inclusive, foi eleito o melhor jogador do Mundial de 2006. “Com certeza vai ser muito difícil. O voleibol masculino tem oito ou nove seleções que brigam por título. Não pode bobear contra nenhum deles e o Brasil entra, como sempre, como o time a ser batido”, disse.

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