UOL Esporte Vôlei
 
11/02/2010 - 07h00

Cimed e Unilever tropeçam ante rivais e veem hegemonia em xeque

Gustavo Franceschini
Em São Paulo

Donos de sete dos últimos oito títulos de Superliga disputados, Cimed e Unilever entram no segundo turno da competição com suas soberanias em xeque. Depois de dominarem o torneio durante quatro anos, as equipes sofreram revezes contundentes, e agora veem seus rivais desfrutarem da liderança da tabela.

  • Divulgação

    Jogadores do Sada comemoram ponto na Superliga

A situação mais preocupante é a do Unilever. O time de Bernardinho ocupa a terceira posição com 24 pontos, atrás de Sollys/Osasco e Pinheiros. Mais que isso, a equipe carioca lamenta as duas derrotas sofridas para os rivais na última semana.

"Perdemos para duas grandes equipes e fora de casa. Faz parte do jogo. Se
pretendemos ser novamente campeões da Superliga temos de crescer. E é isso
que eu trabalhei com o grupo", disse Bernardinho.

“Foi difícil, sobretudo pela derrota para o Pinheiros. Nosso time estava ganhando e deixou virar, sem que a gente reagisse. Agora temos de buscar forças no treinamento. Nesses cinco anos que eu estou aqui já lidamos com outras dificuldades assim”, disse a líbero Fabi.

Só que a combinação de resultados negativos não é tão comum. O Unilever não perde duas partidas consecutivas na Superliga desde 2005, quando caiu na decisão contra o Osasco perdendo os três jogos do playoff final.

Desde então, o antigo Rexona/Ades foi dominante. Com quatro títulos, sobrou no vôlei feminino nacional, sempre tendo o time paulista como maior rival. A reversão do tabu, no entanto, não ilude o técnico Luizomar de Moura, que ressalta o bom trabalho feito em Osasco.

“Esse jogo virou um clássico do vôlei brasileiro. O Unilever entra na competição com quatro títulos. Todos têm o peso de ganhar deles. Nós também jogamos com isso, mas é um fator que trabalhamos. Agora, nos playoffs, não importa a posição em que você chega, tem de estar com o elenco inteiro”, disse o treinador.

A rivalidade antiga não é um ingrediente da atual Superliga masculina. Campeã em 2006, 2008 e 2009, a equipe de Florianópolis sempre dividiu o pódio com o Vivo/Minas. Neste ano, porém, foi superada por Montes Claros e Sada/Cruzeiro. O time de Betim, líder com 35 pontos, impôs um sonoro 3 a 0 à Cimed na última segunda, e começa o segundo turno como principal candidato ao título.

  • Divulgação

    Sollys/Osasco quebrou o tabu e venceu o Unilever

“Nós estamos jogando bem, nos preparando para os playoffs. A partida serviu para a gente saber que está no caminho certo. Só que a Cimed não está derrubada, e é uma grande candidata ainda”, disse Marcelo Mendez, técnico do Sada.

O resultado negativo, porém, não desanimou os catarinenses. Baseada nos resultados obtidos nos últimos anos, a Cimed aposta em uma reviravolta até o fim da primeira fase, e creditam os fracassos recentes, em parte, à torcida adversária.

“O melhor de Sada e Montes Claros são os dois times, e não o público, que fique bem claro, mas a questão casa tem influência. Na segunda, realmente não fizemos um jogo brilhante, mas ganhamos deles aqui [em Santa Catarina] no começo da Superliga”, disse Marcos Pacheco, que admite, no entanto, a superioridade momentânea do rival.

“Neste momento, naquele jogo, eles estavam melhores que nós. Agora, daqui a dois meses, nos playoffs, nós devemos estar melhores. Aquele foi um jogo atípico”, completou Pacheco.
 

Compartilhe:

    Placar UOL no iPhone

    Hospedagem: UOL Host