Adenizia (e) e Natalia, no ataque, foram os destaques do Osasco contra o Pinheiros

05/03/2010 - 22h57

Osasco atropela Pinheiros fora de casa e recupera topo da Superliga

Do UOL Esporte

Em São Paulo

VEJA OS MELHORES MOMENTOS DO JOGO

Ninguém esperava que o clássico entre Pinheiros/Mackenzie e Sollys/Osasco terminasse em 3 sets a 0, para qualquer um dos dois times. Muito menos com um verdadeiro “atropelo”. Mas foi o que aconteceu. Nesta sexta-feira, no encerramento da sétima rodada do returno da Superliga, o Osasco veio a São Paulo e ignorou o ligeiro favoritismo do adversário: venceu por 3 a 0, com fáceis parciais de 25-18, 25-20 e 25-19.

O resultado surpreende porque os últimos encontros das duas equipes, com uma vitória para cada lado (Pinheiros venceu a final do Paulista, e Osasco triunfou no primeiro turno da Superliga), foram marcados pelo forte equilíbrio. Mas nesta sexta, mesmo jogando em casa, o Pinheiros viu a maior concentração do Osasco e sua forte linha de defesa fazerem a diferença, além de mais uma atuação de gala da oposta Natália (maior pontuadora do jogo com 18 acertos) e da meio-de-rede Adenízia (com nada menos do que seis pontos de bloqueio).

Natalia (e) e Adenizia bloqueiam Ju Costa em lance do confronto desta sexta-feira em São Paulo
Na defesa e na recepção, Camila Brait (e) e Jaqueline foram os destaques do Osasco

“A gente estava devendo um jogo melhor contra elas, devendo pra gente mesmo. Decidimos que tínhamos que jogar com alegria, e aí saiu”, resumiu a central Thaísa.

Do outro lado, o abatimento era geral. “A gente lutou para encaixar o jogo, mas não conseguiu, então ficou difícil vibrar”, analisou Fernanda Garay, que superou fortes dores musculares para entrar em quadra.

Com o resultado, o Osasco, além de quebrar a invencibilidade caseira do Pinheiros na Superliga, ainda o tirou do topo da tabela, reassumindo a liderança. As duas equipes somam agora 35 pontos em 19 jogos, mas o time comandado por Luizomar de Moura leva vantagem no primeiro critério de desempate, o set average. Minas e Unilever (esse com dois jogos a menos) vêm logo em seguida na classificação geral.

O jogo

O Pinheiros entrou no primeiro set com todo gás e, após uma troca entre os dois times no marcador, abriu três pontos de vantagem (10-7). O forte ritmo da equipe anfitriã, porém, parou por aí. Com uma sucessão de bloqueios de Adenizia e bons ataques de Natalia e Sassá, o Osasco conseguiu a virada (13-12) e, em pouco tempo, impôs cinco pontos de vantagem sobre o Pinheiros (20-15). Vendo seu time devastado na recepção e na cobertura, Paulo Coco fez uma série de mudanças (Cibele, Roberta e Helô entraram no lugar de Fernanda Garay, Fabíola e Lia), mas nada surtiu efeito, e o Osasco fechou com 25-18.

O equilíbrio visto no início do primeiro set definitivamente não se repetiu na segunda etapa. O Osasco chegou ao primeiro tempo técnico com quatro pontos de vantagem (8-4) e ampliou para cinco no segundo intervalo (16-11). Mais uma vez, Paulo Coco mexeu no time, promovendo o retorno de Garay (que havia ficado no banco) e a entrada de Marina no lugar de Barbara. O Pinheiros chegou a insinuar uma recuperação, ganhando fôlego na reta final, mas no último lance do set, apesar de sua equipe ficar com o ponto, Coco reclamou muito de uma não-marcação da arbitragem, levou cartão amarelo e viu o Osasco, que estava com o set-point, fechar em 25-20.

Na terceira etapa do jogo, mais uma vez as visitantes deram o tom no início, abrindo quatro pontos de vantagem (6-2), mas o Pinheiros ganhou uma sobrevida inesperada, empatou o set e conseguiu a virada, chegando a abrir três pontos de diferença (13-10). Mas a recuperação do time não foi adiante. Contando com grande atuação de Camila Brait na cobertura e de Jaqueline no fundo de quadra e nos ataques, o Osasco voltou para o jogo, retomou a dianteira do marcador (14-13) e não parou mais, ampliando sua vantagem pouco a pouco e fechando o set com 25-19.