UOL Esporte Vôlei
 
17/03/2010 - 07h02

De volta ao Brasil, Léo brilha entre astros do Pinheiros e busca seleção aos 33 anos

Paula Almeida
Em São Paulo

Com cara de menino, mas 33 anos nas costas (34 em abril), o oposto Léo é um dos destaques da Superliga masculina de vôlei. De volta ao Brasil após passar três temporadas no voleibol japonês, o carioca tem sido uma das bases de sustentação do ataque do Pinheiros/Sky no campeonato nacional, atuando entre medalhões como Giba, Gustavo, Rodrigão, Marcelinho e o cubano Roca.

UM DESTAQUE ENTRE OS GALÁCTICOS

  • CBV/Divulgação

    No Pinheiros, Léo (d) atua entre medalhões como Alain Roca, Gustavo e Marcelinho (da esq. para a dir.), além de Giba e Rodrigão (fora da foto)

  • Pinheiros/Divulgação

    Mas apesar da "concorrência" interna, o oposto é o maior pontuador do time na Superliga e o 2º melhor atacante da equipe em eficiência, só atrás de Roca

No total, o time paulistano já disputou 28 partidas na Superliga 2009/2010, e o oposto foi o maior pontuador da equipe em nada menos do que 11 jogos (lembrando que ele só entrou na disputa na terceira rodada do primeiro turno). Nos outros duelos, a “artilharia” se dividiu entre Giba, Roca, Gustavo e Rodrigão. Além disso, ele ocupa a oitava colocação entre os principais pontuadores da Superliga e é o nono atacante mais eficiente da competição.

“É uma motivação ainda maior estar entre tantos atletas consagrados. Passei três anos no Japão e voltei com uma vontade enorme de fazer meu melhor aqui. Ao lado deles, é ainda mais legal”, revelou o oposto em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

Mas se engana quem pensa que Léo vê seus companheiros de time apenas como distantes jogadores olímpicos. Já na disputa de sua 12ª Superliga, o atacante não conheceu os astros no Pinheiros, mas reencontrou antigos parceiros.

Além de ter enfrentado grande parte de seus atuais companheiros no início de carreira, atuando por Minas, São Caetano e Araraquara, Léo jogou com alguns deles nas categorias de base da seleção. Ao lado de Giba, foi campeão mundial infanto-juvenil em 1993, na Turquia, e campeão sul-americano juvenil no ano seguinte, quando também dividiu a conquista com Gustavo.

“Conheço esses caras há 13, 14 anos, jogamos juntos nas seleções de base, então não tive muita dificuldade de adaptação com eles”, explicou Léo. “Mas é claro, estou aprendendo ainda mais”.

Parte desse aprendizado vem dos momentos ruins que o Pinheiros viveu sobretudo no primeiro turno da Superliga, com jogadores lesionados e um time desentrosado que colecionou derrotas e teve suas dificuldades levadas a público pelos próprios atletas. Atualmente, porém, a tradicional equipe de São Paulo atravessa sua melhor fase no campeonato. No returno, foram 10 vitórias e apenas dois reveses, um deles em um jogo emocionante contra a Cimed decidido em um longo tie-break.

“Estamos numa crescente na Superliga, mas a equipe precisa melhorar mais a cada dia e a gente tem consciência disso”, admitiu Léo. “No decorrer da Superliga, nós ganhamos mais confiança, e o trabalho começou a aparecer”.

Com a ascensão do Pinheiros, o talento de Léo também voltou a aparecer, e o sucesso já o faz retomar um sonho antigo: entrar na seleção principal. “Todos pensam em estar na seleção. Eu já estive nas categorias de base, fui convocado algumas vezes para a seleção B também”, relembrou o oposto, que entre outros campeonatos com o segundo time do Brasil disputou os Jogos Pan-Americanos de Mar del Plata, em 1995.

A idade, ele garante, não pesa. “Eu estou bem, não me sinto velho”, avisou, reconhecendo, porém, que a concorrência é dura - seus principais rivais por um lugar de oposto na seleção são Leandro Vissotto, André Nascimento, Rivaldo e Wallace. “É difícil, eu sei, mas a gente nunca desiste de ser convocado”.

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