17/04/2010 - 12h00

Bernardinho estuda melhor maneira de superar linha de passe do Osasco

Paula Almeida

Em São Paulo

Bernardinho quer atrapalhar o passe quase perfeito do Sollys/Osasco na grande final deste domingo

Se a saída de Paula Pequeno causou uma pequena aflição na equipe do Sollys/Osasco no início da temporada, a chegada de Jaqueline logo acalmou os ânimos. Ponteira como a companheira de ouro olímpico, a pernambucana evoluiu ao longo dos últimos meses e melhorou consideravelmente a linha de passe do time paulista, juntando-se à líbero Camila Brait e à ponteira Sassá. Não à toa, a equipe é a primeira colocada nos rankings de defesa e recepção da Superliga feminina.

Para tentar atrapalhar um pouco que seja o passe quase perfeito de Osasco na grande final deste domingo, o técnico da Unilever, Bernardinho, tentou traçar algumas estratégias ao longo desta semana decisiva. Ele já avisou, porém, que forçar o saque não será uma delas.

“Às vezes forçar o saque não adianta muito, porque o passe delas é excepcional. A gente tem que tentar taticamente, de alguma forma, jogar certo pra que a gente possa dificultar a construção de determinadas jogadas”, explicou o comandante durante um dos treinos da equipe carioca no Ibirapuera. “Tem que trabalhar nesse aspecto, porque é difícil quebrar o passe delas. A Carol [Albuquerque, levantadora] joga com o passe na mão a maior parte do tempo”.

Aumentar a velocidade do ataque também não será o segredo, ele acredita. “O saque delas é muito forte, e eu não sei se a gente vai conseguir jogar com tanta velocidade assim. E nós temos jogadoras, que é o caso da oposta Joycinha, que não é uma jogadora de velocidade, é mais de altura. A gente tem que explorar as características das nossas jogadoras e de alguma forma tentar achar algumas brechas, algumas limitações ou deficiências, se é que elas existem, do lado de lá”, comentou.

De fato, durante os treinamentos, Bernardinho deu atenção especial aos ataques de Joycinha. Segunda maior pontuadora da equipe na Superliga, atrás apenas de Fabiana, a oposta deverá ser a principal arma de contra-ataque da equipe carioca na decisão.

Do outro lado, a líbero Camila Brait agradeceu os elogios de Bernardinho, mas prometeu ainda mais disposição contra a Unilever. “A gente tem que entrar lá e fazer o que a gente tem feito bem nessa Superliga. Nossa linha de passe tem duas ponteiras excepcionais, que pra mim são as melhores passadoras do Brasil. Acho que isso é um fator a mais pra gente”, avaliou a jovem jogadora.

Unilever e Osasco enfrentam-se neste domingo, às 9h45, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A partida terá transmissão da TV Globo e será uma reedição das últimas cinco finais do campeonato.