UOL Esporte Vôlei
 
18/04/2010 - 16h54

Com título, Luizomar desabafa: "os garis chegaram e ganharam"

Paula Almeida
Em São Paulo
  • Acompanhado de outros membros da comissão técnica do Osasco, Luizomar de Moura comemora a conquista do título da Superliga feminina de vôlei

    Acompanhado de outros membros da comissão técnica do Osasco, Luizomar de Moura comemora a conquista do título da Superliga feminina de vôlei

As derrotas para a Unilever (antigo Rexona-Ades) nas últimas quatro finais de Superliga feminina de vôlei deixaram marcas na equipe, que nunca negou que os resultados negativos estavam entalados na garganta. Pois neste domingo, o time enfim pôde encerrar o jejum e comemorar seu quarto título na competição. E ainda teve a chance de desabafar após quatro temporadas de pura freguesia.

Presente nos quatro reveses passados, o técnico Luizomar de Moura demonstrava um aspecto de alívio após a final deste domingo. Muito contestado em razão das derrotas dos últimos anos, o técnico não só manteve seu cargo na equipe de de Osasco como acumulou a função de gerente administrativo com a chegada de um novo patrocinador, a Nestlé, e conseguiu segurar praticamente todo o elenco da última temporada.

“Uma final desse porte não tem favorito. Mas como elas venceram as outras quatro finais, nós acabamos tendo de lidar com essa pressão”, avaliou o treinador “Antes do jogo eu disse a elas que nós estávamos tendo uma nova oportunidade”.

Mas mesmo com o tom ameno que lhe é usual, Luizomar aproveitou o resultado para desabafar. O título tirou as dúvidas que pesavam sobre ele e sobre a equipe.

“A final da Superliga é a cereja do bolo, né. No ano passado, ganhamos tudo que podíamos, mas como perdemos a final da Superliga, parecia que não tínhamos feito nada”, lembrou o técnico. “Eu tentei usar o exemplo de outros técnicos que passaram por situações semelhantes e deram a volta por cima”.

Para completar, o comandante disparou contra os críticos, sem dizer, contudo, quem seriam os alvos de seu desabafo. “A história mudou. A gente jogava antes de vermelho, aí mudou para o laranja [com a entrada do patrocínio da Nestlé e a saída do Finasa]. A gente teve que ouvir muita coisa, mas o laranja é a cor do trabalho, é a cor usada por uma classe operária muito sofrida, que são os garis. Aí ouvimos que os garis chegaram. Pois é, os garis chegaram e ganharam”.

Paula Pequeno é lembrada

Outra personalidade muito ligada ao Osasco e contestada nas derrotas da equipe foi lembrada neste domingo. Mesmo à distância, a ponteira Paula Pequeno, que deixou o time na final da temporada passada para jogar na Rússia, foi homenageada pelas companheiras. Na cerimônia de premiação, Adenízia e Natália levaram um cartaz ao pódio com os dizeres 'Paula, esse também é seu'.

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