21/04/2010 - 18h33

Brasileiros vão mal no quali em Brasília, e apenas uma dupla passa

Paula Almeida

Em Brasília

Bruno Schmidt foi um dos únicos brasileiros a avançar no Circuito Mundial 2010 de vôlei de praia

O Brasil começou o country-cota de terça-feira com sete duplas, disputou o qualifying desta quarta-feira com três e entrará com apenas uma na chave principal masculina da etapa de Brasília, a primeira do Circuito Mundial 2010 de vôlei de praia. Nesta tarde, na arena montada na Esplanada dos Ministérios, somente Benjamin e Bruno Schmidt conseguiram vencer seu jogo e avançar na competição. Franco/Jan e Márcio/Billy ficaram pelo caminho.

A participação brasileira no quali começou bem, com uma vitória de Benjamin e Bruno sobre os mexicanos Miramontes e Virgen por duplo 21-18. Apesar do resultado, os jogadores da casa saíram de quadra reclamando muito da arbitragem do jogo, sobretudo nas marcações de condução e dois toques no levantamento, fruto da maior cobrança dos juízes neste fundamento a partir desta temporada.

“Esse é um time conhecido no Circuito, e a gente entrou concentrado do início ao fim. Mas mais do que difícil, foi um jogo tenso”, comentou Bruno. “É bom, porque serve para romper barreiras dentro da competição”.

A chave principal ainda não está desenhada, mas independentemente dos adversários, Bruno acredita que ele e Benjamin estão preparados para ir longe em Brasília. “A partir de agora, é outro campeonato. Aqui [no quali] é uma pressão muito grande, por ter que vencer todos os jogos pra passar. A partir de amanhã é um pouco mais tranquilo, não tem tanta pressão e a gente pode até se divertir um pouco em quadra, por que não? Nosso objetivo aqui é ser campeão”, afirmou o brasiliense, empolgado por poder jogar em casa. “A cada ponto que a gente fazia eu via meus familiares e amigos comemorando. Estou muito feliz por poder jogar em Brasília”.

Apesar da animação, Bruno reconheceu que o barulho intenso na arena, resultado dos diversos shows e eventos realizados na Esplanada dos Ministérios em comemoracao aos 50 anos de Brasília, acabaram atrapalhando um pouco. “Música sempre atrapalha, tira a concentração, fica mais difícil”, admitiu.

Brasileiros caem

Se Bruno e Benjamin entraram na chave principal, o mesmo não aconteceu com as outras duplas brasileiras que disputaram o quali nesta quarta-feira. Os primeiros a caírem foram Franco e Jan, que apesar de vencerem o primeiro jogo do dia contra os australianos Boehm e Kapa (21-17 e 21-18), perderam a segunda e mais importante partida, 2 sets a 0 para os suíços Schnider e Gabathuler (21-18 e 21-16), dando adeus à competição.

A segunda eliminação foi a de Márcio/Billy, justamente no jogo que encerrou a programação desta terça em Brasília. Após vencerem o set inicial por 25-23, os brasileiros bem que ofereceram resistência aos noruegueses Horrem e Hordvik, mas acabaram levando a virada e perdendo por 2 sets a 1 (23-25, 21-19 e 15-10).

A eliminação teve gosto ainda mais amargo porque foi a última partida de Márcio e Billy juntos. Os dois jogadores formaram uma parceria relâmpago que disputou apenas dois torneios (o quali em Brasília e a etapa de Campo Grande do Circuito Nacional). A partir de agora, Márcio se juntará ao campeão olímpico Ricardo, e Billy ainda procura um novo parceiro.