UOL Esporte Vôlei
 
12/05/2010 - 07h01

'Fim' do São Caetano e investimentos do Vôlei Futuro agitam mercado feminino

Paula Almeida
Em São Paulo

Depois de a Superliga 2009/2010 ser a mais disputada dos últimos tempos - apesar de a final ser a mesma dos cinco anos anteriores -, a próxima edição do campeonato também deve garantir bons espetáculos ao público. Isso porque nesta intertemporada algumas equipes menores se fortaleceram e outras tradicionais sofreram profundas alterações.

O fim do patrocínio da Blausiegel ao São Caetano foi o grande agitador do mercado nacional nos últimos meses. Com a decisão da empresa farmacêutica em se retirar do vôlei feminino por pelo menos uma temporada, o time que terminou em terceiro lugar na Superliga ficou desamparado, e suas jogadoras, entre elas três campeãs olímpicas, acabaram se espalhando por outros times.

Por outro lado, o Vôlei Futuro, clube formador de talentos que costuma disputar as competições mais importantes com uma base jovem, resolveu ousar como nunca em sua história, buscou jogadoras de peso e já fechou com duas selecionáveis.

Entre as equipes pequenas, vale ainda ficar de olho no Macaé, que após bons momentos no início dos anos 2000, pretende voltar a ocupar espaço entre os times tradicionais. O clube está se reforçando e já fechou com duas reservas de expressão da Unilever: a oposta Monique e a experiente levantadora Camilla Adão.

A Unilever, por sinal, foi o time que mais sofreu modificações. Das sete titulares da última temporada, duas já saíram (Fabiana e Joycinha), outra tem a dispensa praticamente certa (Érika) e somente três renovaram (Dani Lins, Fabi e Regiane). Carol Gattaz, a única com futuro ainda indefinido, é outra que também pode dar adeus.

O Pinheiros/Mackenzie já perdeu sua principal jogadora, a ponteira Fernanda Garay, mas fechou com a promissora Ivna, do Minas, e trouxe duas jogadoras do São Caetano. De quebra, ainda tenta contratar ninguém menos do que a campeã olímpica Fofão.

Em meio a tantas mudanças, quem deve largar na frente na próxima temporada é o Sollys/Osasco. O atual campeão não quis errar e, em vez de se lançar ao mercado, tratou de renovar os contratos de suas sete titulares (Carol Albuquerque, Natália, Jaqueline, Sassá, Adenízia, Thaísa e Camila Brait), além da maioria das reservas (entre elas Ana Tiemi).

Abaixo você confere o que as negociações fizeram com os times titulares de Unilever, Pinheiros/Mackenzie, Vôlei Futuro e Usiminas/Minas e ainda vê uma lista de jogadoras que estão livres no mercado e são ótimas opções de contratação.
 

UNILEVER

QUEM ENTRA QUEM SAI QUEM FICA QUEM ESTÁ NA MIRA
A oposta Sheilla (f) e a ponteira Mari, ambas do São Caetano. A central Fabiana (f) e oposta Joycinha foram para o Vôlei Futuro. A meio de rede Carol Gattaz também interessa ao time de Araçatuba e é outra que pode sair. A líbero Fabi (f), a ponteira Regiane e a levantadora Dani Lins. A central Juciely, do São Caetano, está apalavrada, e a meio Walewska (f), do Zarechie-RUS, ainda interessa.

VÔLEI FUTURO

QUEM ENTRA QUEM SAI QUEM FICA QUEM ESTÁ NA MIRA
A oposta Joycinha (f) e a central Fabiana, ambas da Unilever, a ponteira Elis, do Praia Clube, e a central Andressa, do Mackenzie. A ponteira dominicana Mambru, mas o time pensa em acertar um novo contrato com ela em setembro. A levantadora Ana Cristina, as ponteiras Nenecas e Ju Saracuza e a líbero Stephany. Após tentar as ponteiras Paula Pequeno e Fernanda Garay e a oposta Natália, o time agora tenta fechar com a central Carol Gattaz (f), da Unilever.

PINHEIROS/MACKENZIE

QUEM ENTRA QUEM SAI QUEM FICA QUEM ESTÁ NA MIRA
A líbero Suellen (f) e a central Natália, ambas do São Caetano, e a ponteira Ivna, do Minas. A ponteira Fernanda Garay (f), que vai para o Japão, e a líbero Verê, ainda sem clube definido. A situação das centrais Lígia e Marina está indefinida, e pelo menos uma delas deverá sair. O caso da levantadora Fabíola é o mais complicado, porque a jogadora está na seleção e o Pinheiros quer uma levantadora para a disputa do Campeonato Paulista, em setembro. A princípio, sua permanência é difícil. A central Bárbara e a ponteira Ju Costa. A oposta Lia (f) ainda não acertou, mas faltam poucos detalhes para a renovação. Apesar de não ter feito uma proposta oficial, o Pinheiros procurou Fofão (f),
que estava no São Caetano, e é o time brasileiro com mais chances de trazer a levantadora. Seu maior concorrente, porém, é o russo Zarechie Odintsovo, que fez uma oferta milionária à campeã olímpica.

USIMINAS/MINAS

QUEM ENTRA QUEM SAI QUEM FICA QUEM ESTÁ NA MIRA
 
A ponteira Michelle (f), da Unilever, e a levantadora Claudinha, do Praia Clube. A ponteira Ivna (f), que foi para o Pinheiros, a levantadora Dani Fagundes, que está grávida, e a central dominicana Vargas, que pode assinar novo contrato com o clube no final do ano. A levantadora Camila, as ponteiras Ingrid e Silvana, a central Natasha e a líbero Tássia. A oposta Metcalf (f) tem propostas de outros clubes, mas ainda pode renovar. A princípio, o time está fechado.

BOAS APOSTAS QUE AINDA ESTÃO NO MERCADO

MARIANA PAULA PEQUENO ÉRIKA FERNANDINHA
A jovem ponteira que mostrou evolução na reta final da Superliga deve ser mais uma jogadora a deixar o São Caetano e é um bom nome para compor elenco nos grandes times e até para brigar por titularidade. Em seu primeiro ano no exterior, a ponteira foi campeã na Rússia, mas não se adaptou ao país e já admitiu interesse em voltar ao Brasil ou jogar em outro centro europeu. Com a chegada de Mari, a ponteira deverá ser dispensada da Unilever. A vasta experiência e o fato de ter passado de sete a seis pontos no ranking da CBV devem ajudá-la a encontrar um novo clube rapidamente. Após três anos na Itália, a levantadora quer voltar ao Brasil
e já foi  oferecida a alguns clubes, mas um problema na coluna da jogadora está dificultando as negociações.

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