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AFP PHOTO / JUAN MABROMATA

Jogadores do Brasil comemoram um ponto na partida contra Cuba

24/07/2010 - 23h10

Brasil se solta, vira contra Cuba, vai a mais uma final e busca 9º título da Liga

Do UOL Esporte
Em São Paulo

O Brasil poderá isolar-se neste domingo com o maior vencedor de Ligas Mundiais de vôlei. Neste sábado, a seleção comandada por Bernardinho conseguiu uma grande vitória de virada sobre Cuba por 3 sets a 1 (21-25, 25-19, 25-21 e 25-20) e avançou a mais uma decisão da competição.

IMAGENS MARCANTES DA PARTIDA

  • FIVB/Divulgação

    Dante marca um de seus 16 pontos no confronto

  • AP Photo/Natacha Pisarenko

    Vissotto recebe atendimento torcer o tornozelo

  • FIVB/Divulgação

    Sobre placa de publicidade, Mario faz ótima defesa

No domingo, às 21h (horário de Brasília), a equipe verde-amarela enfrentará a Rússia e, se vencer, garantirá seu nono título de Liga, isolando-se na liderança de títulos - atualmente, divide o recorde de oito troféus com a Itália.

Brasil e Rússia decidiram a Liga Mundial apenas três vezes, com duas vitórias brasileiras (1993, em São Paulo, e 2007, em Katowice, Polônia) e uma russa (2002, em Belo Horizonte).

Para alcançar sua 11ª final, o Brasil fez neste sábado sua melhor apresentação na fase final disputada em Córdoba, Argentina. Após uma atuação irregular no primeiro set, vencido pelos cubanos, a seleção brasileira contou com a entrada do levantador Marlon no lugar de Bruninho para mudar o panorama do jogo, variar as jogadas de ataque e dominar o time centro-americano.

Apesar da grande performance, sobretudo do ponteiro Dante e do líbero Mario Jr, o Brasil sofreu uma baixa durante o jogo. O oposto Leandro Vissotto sofreu uma entrose no tornozelo esquerdo em um lance de bloqueio e teve de ser substituído por Theo. Vissotto não voltou mais para a quadra e, embora aparentemente não tenha se tratado de uma situação grave, vira dúvida para o jogo decisivo de amanhã.

O jogo

O Brasil foi para o jogo com Bruninho e Vissotto, Murilo e Dante, Lucão e Rodrigão, além do líbero Mario Jr. Entraram ainda Marlon, Théo, Thiago Alves e Sidão. Já a seleção de Cuba começou com Hierrezuelo e Hernandez, León e Leal, Camejo e Simon, além do líbero Gutierrez. Também entraram Diaz, Leyva e Cepeda.

Os cubanos mostraram logo suas cartas: saque muito forte e ataque rápido pelo meio. Apesar dos inúmeros erros no serviço, aqueles que os cubanos conseguiram encaixar no primeiro set atrasaram e dificultaram os contra-ataques brasileiros. E foi assim que Cuba abriu três pontos de vantagem (8-5), diferença que duplicou após a segunda parada técnica (17-11). Insatisfeito com o fraco desempenho de Bruninho no levantamento e de Vissotto pela saída de rede, Bernardinho antecipou a inversão 5-1 e lançou Marlon e Théo à quadra. O time melhorou razoavelmente, mas não o suficiente, e Cuba fechou com 25-21.

O Brasil voltou para o segundo tempo com Marlon no lugar de Bruninho (na seleção de Cuba, Hierrezuelo deu lugar a Leyva). A mudança surtiu efeito. Como fez no final da parcial anterior, o levantador passou a usar mais os ponteiros com bola de fundo e tentou chamar bolas rápidas de meio com os centrais, poupando o caçado Vissotto. Com uma nova postura, os brasileiros abriram quatro pontos na primeira parada técnica (8-4) e, apesar de algumas tentativas de reação dos cubanos, mantiveram boa diferença por quase todo o set até fecharem com 25-19 e igualarem a partida.

Atropelada no final da parcial anterior, Cuba tentou reagir no início do terceiro set e chegou a abrir 2-0, mas logo o Brasil passou à frente (4-3). Em seguida, porém, dois lances assustaram os brasileiros. Primeiro, Vissotto saltou para um ataque e, sem ver que Marlon vinha para trás, deu uma joelhada na nuca do levantador. Marlon conseguiu continuar no jogo, mas poucos ralis depois, o próprio Vissotto torceu o pé esquerdo ao subir num bloqueio e teve de ser substituído.

Sem seu oposto titular, que estava crescendo na partida, o Brasil teve uma rápida queda de rendimento no ataque, mas logo a equipe se recuperou e voltou a mandar no jogo, chegando a três pontos de vantagem (21-18). A partir de então, bastou administrar a diferença, contando ainda com a performance razoável dos atacantes cubanos, para fechar com 25-21 e virar a partida.

Os cubanos tentaram partir para o tudo ou nada no quarto set, e mais uma vez conseguiram a liderança inicial (5-3). Em um ace de Rodrigão, porém, o Brasil virou a parcial (7-6) e deslanchou. Cuba chegou a recuperar a dianteira na reta final do set, mas contando com lances de sorte e um grande volume na defesa, a seleção brasileira voltou a liderar até fechar com 25-20 e assegurar a vitória e a classificação à final.
 

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