UOL Esporte Vôlei
 
26/07/2010 - 17h40

Piscina gelada e choro telefônico de Escadinha embalam madrugada pós-Liga

Paula Almeida
Em São Paulo
  • Mário Jr mostra a medalha de ouro conquistada na Liga Mundial. Líbero recebeu uma ligação do titular Escadinha na madrugada pós-título

    Mário Jr mostra a medalha de ouro conquistada na Liga Mundial. Líbero recebeu uma ligação do titular Escadinha na madrugada pós-título

A madrugada da seleção brasileira masculina de vôlei foi agitada após a conquista do nono título da Liga Mundial. Os comandados do técnico Bernardinho chegaram ao hotel em que estavam hospedados em Buenos Aires apenas por volta da 1h de segunda-feira e a maioria deles praticamente não dormiu até embarcar de volta ao Brasil.

Com a adrenalina em alta, parte do elenco teve de pagar o preço de uma promessa feita por Bruninho. No início da fase final, o levantador avisou que pularia na piscina do hotel caso o Brasil fosse campeão. Teve de cumprir, e levou Murilo, Lucão e Maurício junto.

“A piscina foi difícil, eu fui o louco que teve a ideia. Mas se tivesse que fazer isso para ficar com o título, eu faria mais 10 vezes”, brincou Bruninho nesta segunda-feira, no desembarque da seleção em São Paulo. “A gente fez o pessoal do hotel abrir a piscina. A temperatura era de quase 0º, mas no final até que foi bom, porque o gelo no corpo ajuda a aliviar as dores”.

Sem querer entrar na promessa do companheiro de posição, Marlon preferiu divertir-se com promessa feita pelo próprio pai. “Ele viu o Maradona e resolveu prometer que se a gente vencesse, ele sairia pelado em Curitiba”, comentou o levantador, referindo-se a uma promessa que o técnico da Argentina fez para que sua seleção vencesse a Copa do Mundo de futebol. “Agora vamos ter que cobrar o velho”, riu Marlon.

Outro que também não encarou a piscina gelada foi líbero Mário Jr. “Eu não queria chegar aqui gripado”, explicou um sorridente líbero nesta segunda.

Mas Mário também teve uma comemoração particular. Eleito o melhor líbero da competição, o atual jogador do Vôlei Futuro recebeu uma ligação inesperada durante a madrugada. “O Serginho me passou um rádio e a gente conversou e chorou junto. Ele sabe do duro que a gente tem que dar para chegar lá”, confidenciou Mário, citando o líbero titular da seleção que não pôde jogar a Liga Mundial em razão de uma grave lombalgia.

O novato, que em 2009 apenas compunha o elenco campeão da Liga, foi peça importante na conquista deste ano, mas fez questão de agradecer o ‘dono da vaga’. “A gente sabe que ele é o melhor do mundo, e treinando ao lado dele eu vejo que ainda preciso fazer muito para chegar àquele nível”, elogiou Mário Jr. “Mas agora ele brincou que a gente vai ter que dividir o prêmio [os US$ 10 mil recebidos como melhor líbero da competição”.
 

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