UOL Esporte Vôlei
 
27/07/2010 - 11h30

Agora reserva, Giba admite nova função dentro da seleção brasileira

Paula Almeida
Em São Paulo
  • Mais do que defender e atacar, hoje a principal função de Giba na seleção é incentivar e instruir os companheiros, sobretudo os mais novos

    Mais do que defender e atacar, hoje a principal função de Giba na seleção é incentivar e instruir os companheiros, sobretudo os mais novos

Melhor jogador de três Ligas Mundiais, de um Mundial e de uma Olimpíada. Como se não bastassem as inúmeras conquistas de Giba dentro da seleção brasileira, os prêmios individuais viraram uma rotina na vida do ponteiro e capitão do time. Amargar a reserva nas finais da Liga 2010, porém, mostrou ao atacante que sua presença na seleção tem novas razões a partir de agora.

Após apresentar-se à seleção tardiamente em relação aos demais jogadores com aval da comissão técnica, Giba não pôde ser titular nos primeiros jogos do Brasil na fase intercontinental da Liga. Ainda na primeira fase, o ponteiro esteve no time principal em algumas partidas, mas uma lesão no ombro o tirou dos últimos duelos e chegou a colocar em dúvida sua presença nas finais. Ele foi a Córdoba com o time, mas teve de ficar no banco, enquanto Murilo e Dante ocuparam os postos titulares.

Sem experimentar o mesmo status de antes, quando era o melhor do time e o melhor do mundo, Giba, hoje aos 33 anos, começa a acostumar-se com suas novas obrigações. “É difícil ficar na reserva e eu sempre vou brigar para estar em quadra, mas hoje eu vejo que meu papel é muito mais o de instruir os mais jovens”, admitiu o ponteiro ao UOL Esporte.

Giba usou a braçadeira de capitão da seleção brasileira pela primeira vez em 2005, na Copa dos Campeões, mas só assumiu oficialmente a posição no Pan de 2007, após o corte do levantador Ricardinho por problemas com o técnico Bernardinho.

Desde então, a vibração e a garra que já eram características do ponteiro passaram a ter importância duplicada. Na Liga deste ano, por exemplo, a entrada do capitão no segundo set contra a Sérvia mudou o semblante dos jogadores, que estavam apáticos em quadra. O Brasil acabou vencendo o jogo por 3 sets a 2.

“Nós trocamos algumas peças, agora mesclamos experiência com juventude, e continuamos tendo uma hegemonia muito grande, mas o importante é manter a vontade de ganhar, o espírito lutador”, afirmou Giba na segunda-feira, no desembarque da seleção em São Paulo.

A volta de Giba ao time titular no Mundial entre setembro e outubro não deverá ser uma novidade, mas o técnico Bernardinho também reconhece que hoje a principal função de seu capitão é outra. “A participação do Giba, do Dante e do Rodrigão é importante para que os jovens do time tenham referências”, afirmou o treinador em entrevista à TV Globo.

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