UOL Esporte Vôlei
 
07/08/2010 - 20h13

Brasil põe série no Grand Prix à prova e revive rivalidade contra temida Itália

Roberta Nomura
Em São Carlos (SP)

Atual bicampeã, a seleção brasileira defende 27 jogos de invencibilidade no Grand Prix em partida às 9h30 deste domingo, em São Carlos (SP). A tarefa, no entanto, não é nada fácil. Do outro lado da rede, estará o último algoz verde-amarelo: a rival Itália. Mesmo desfalcadas, as campeãs europeias assustam e as duas equipes revivem o clima do maior clássico feminino do voleibol mundial.

  • Jefferson Bernardes/Vipcomm

    Ponteiras brasileiras Jaqueline (e) e Mari atuaram na Itália e conhecem bem as rivais deste domingo

  • Alexandre Arruda/CBV

    Ponteira e capitã italiana, Francesca Piccinini jogou pelo extinto Rexona (atual Unilever) em 1998-1999

“Brasil e Itália no vôlei é igual Brasil e Argentina no futebol. Tem muita rivalidade, ninguém quer perder e as duas equipes se conhecem muito bem”, disse Sheilla. Maior pontuadora na vitória sobre o Japão, a oposta brasileira atuou no Pesaro, da Itália, de 2004 a 2007.

E a torcida brasileira reconhece a rivalidade. Tanto que os ingressos para o clássico foram esgotados na quarta-feira. O técnico italiano Massimo Barbolini, no entanto, tenta minimizar o clima de tensão entre os times. “É uma rivalidade positiva. Só existe porque são duas equipes são de alto nível e espero que continue sendo assim”.

O clássico ainda é apimentado com dados numéricos. O Brasil defende uma invencibilidade de 27 jogos no Grand Prix. A última derrota verde-amarela ocorreu na primeira semana do torneio de 2008, quando a equipe foi superada pela China por 3 a 2. No retrospecto histórico, a equipe verde-amarela leva ampla vantagem com 42 vitórias em 54 confrontos. Porém, o último encontro teve desfecho atípico, as italianas venceram e, de quebra, levaram o título da Copa dos Campeões no fim do ano passado.

“É outro ano, outra competição. Mas fica guardada a derrota. É claro que a gente não vai querer perder duas seguidas para elas”, disse Mari. E a Itália tem a base do time utilizado na Copa do Campeões no Grand Prix, mas com três desfalques de peso nesta etapa em São Carlos: a levantadora Lo Bianco, a central Gioli e a líbero Cardullo.

“A Lo Bianco hoje é a melhor levantadora do mundo e está habituada a jogar com esta equipe, que tem como base o time de Bergamo. A Gioli talvez seja uma das melhores atacantes do mundo nestas bolas de velocidade pelo meio. São ausências importantes que a Itália tem. Só que também está com jogadoras ali que tem muita experiência e conhecem a seleção brasileira”, advertiu o técnico brasileiro José Roberto Guimarães.

Além dos confrontos diretos, as jogadoras se conhecem porque algumas brasileiras já atuaram na Itália. Além de Sheilla, as ponteiras Mari e Jaqueline também têm passagem pelo país europeu. “Conhecemos o Brasil como grupo e algumas jogadoras individualmente. Mas vamos estudar. Não acho que seja vantagem ou desvantagem nos conhecermos tão bem”, opinou o técnico Barbolini.

Antes do início do Grand Prix, o técnico Zé Roberto afirmou que a Itália é o adversário mais difícil da seleção na competição e falou ainda que, completo, o time europeu é o melhor time do mundo. O comandante italiano, por sua vez, empurrou o status de número 1 ao time verde-amarelo, atual campeão olímpico. “Não há favoritismo. É difícil apontar quem é o melhor, e quem será o vencedor. São duas equipes com jogadoras de alto nível técnico”, falou Barbolini.

Após o clássico que encerra a etapa em São Carlos, o Brasil embarca para Macau para duelos contra República Dominicana, Holanda e China pela segunda semana do Grand Prix. A Itália vai para a Tailândia encarar as donas da casa, os Estados Unidos e Porto Rico.

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