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Jefferson Bernardes/Vipcomm

Jaqueline comemora com jogadoras da seleção brasileira na vitória sobre o Japão

07/08/2010 - 11h31

Brasil quebra embalo japonês, derruba defesa e vence 2º jogo no Grand Prix

Roberta Nomura
Em São Carlos (SP)*

O Brasil esperava fazer um jogo longo neste sábado. No entanto, a seleção feminina de vôlei desestruturou a bem postada defesa nipônica e interrompeu o embalo do Japão, que vinha de duas vitórias sobre a Itália. Diante de um bom público em São Carlos (SP), a equipe verde-amarela venceu as asiáticas por 3 a 0 (25-20, 25-19 e 25-20) no segundo triunfo pelo Grand Prix.

ATUAÇÃO AGRADA, MAS ZÉ ROBERTO AINDA COBRA REDUÇÃO DE ERROS

  • Jefferson Bernardes/Vipcomm

    O voleibol apresentado pela seleção brasileira feminina agradou novamente. O técnico José Roberto Guimarães voltou a elogiar a equipe após a vitória por 3 a 0 sobre o Japão, neste sábado. O excessivo número de erros, no entanto, ainda preocupa e o comandante cobra redução nas falhas: "pode ser imperdoável".

Agora, a seleção brasileira se despede da cidade paulista e do país no clássico contra a Itália, às 9h30 deste domingo. A expectativa é que o ginásio Milton Olaio Filho esteja novamente lotado, já que os ingressos foram esgotados na quarta-feira. Após vencer o time B da Itália em mini-torneio na semana passada e de passar pelo time misto da Azzurra na estreia no Grand Prix, o Japão encerra a primeira semana contra o fraco Taiwan.

O técnico José Roberto Guimarães repetiu a formação utilizada na fácil vitória sobre Taiwan e o Brasil iniciou a partida deste sábado com a levantadora Dani Lins e a oposta Sheilla, as ponteiras Mari e Jaqueline, as centrais Fabiana e Thaísa, além da líbero Fabi.

"Merecemos a vitória pela forma como jogamos, com garra, disposição e determinação para ganhar. O Japão fez uma partida impecável contra a Itália, mas não conseguiu repetir o mesmo desempenho hoje. Sabíamos que a partida seria muito difícil e entramos concentrados", analisou o treinador brasileiro.

Os primeiros pontos do jogo ratificaram o que Zé Roberto havia previsto sobre o adversário. Com a defesa bem postada, o Japão impediu que o Brasil pontuasse em suas primeiras bolas. Mas a equipe da casa teve a paciência pedida por seu comandante e conseguiu virar suas bolas, permanecendo sempre à frente no primeiro set.

Já as japonesas não colocaram em prática o que capitã Erika Araki pediu após a vitória sobre a Itália e cometeram muitos erros. Mesmo assim, elas conseguiram empatar (10-10) em momento de instabilidade da recepção brasileira.

As nipônicas também não repetiram o bom desempenho defensivo no restante da parcial e ainda viram a levantadora Dani Lins distribuir e variar bem as bolas, com jogadas pelo fundo, na saída e entrada de rede e pelo meio. Quando o placar ainda estava apertado, um bloqueio duplo da capitã Fabiana e da oposta Sheilla deu tranquilidade as anfitriãs.

A defesa verde-amarela se sobressaiu no primeiro set e duas sequências empolgaram os mais de 8 mil presentes. Na primeira delas, o Brasil contou com toque na rede da levantadora japonesa Takeshita para pontuar (21-18). Na segunda, mesmo após bola curta de Dani Lins, Thaísa encontrou buraco na quadra rival.

OPINIÃO DE BRUNO VOLOCH

"É cedo, mas Jaqueline e Mari vão se firmando como titulares". Leia o texto completo
O técnico Zé Roberto ainda fez a inversão com as entradas de Natália e Fabíola nos lugares de Dani Lins e Sheilla, respectivamente, mas terminou com o time titular em quadra. Após 25 minutos, o Brasil abriu 1 a 0 ao fechar em 25-20 com Jaqueline explorando o bloqueio duplo japonês.

O Brasil logo assumiu a dianteira do placar no início do segundo set, mas o Japão iniciou a reação ao bloquear a gigante Thaísa, de 1,96m. Quando Mari atacou para fora, as nipônicas ficaram à frente pela primeira vez no jogo (9-8). Sheilla e Thaísa também desperdiçaram chances de ataque e as visitantes abriram confortável vantagem (13-10).

Mas , a partir daí, as ponteiras comandaram a reação brasileira. Mari virou a bola após as tentativas frustradas anteriores. Após duas bolas de Jaqueline, que empataram o segundo set, Mari ainda fez um ponto de saque para virar (14-13). E as duas foram o grande destaque brasileiro ao cravar todas as bolas acionadas na entrada de rede na parcial finalizada em 25-19.

A seleção brasileira voltou para o terceiro set sem Mari e com Paula Pequeno. A equipe conseguiu manter o mesmo volume de jogo e comandou o marcador desde o início. A capitã Fabiana abriu a primeira vantagem (4-2) em bloqueio simples. Irreconhecível em relação à partida que fez contra as italianas, as nipônicas foram completamente dominadas e nem a oposta Saori Kimura conseguiu dificultar o jogo verde-amarelo.

Com a partida na mão, o Brasil desconcentrou. Após estar vencendo por 17-11, a equipe vacilou e permitiu a reação japonesa (17-15). O técnico Zé Roberto pediu tempo. Mas a recepção ruim continuou e o Japão encostou (18-17). As anfitriãs voltaram para o jogo. Após belas defesas de Jaqueline e Fabi, a bola voltou para quadra rival, mas Thaísa finalizou o ponto com bloqueio. Aí foi só administrar a vantagem para fazer 25-20.

"Tem que pensar que o Brasil é o primeiro time do mundo.A lição que fica do jogo é que precisamos melhorar a recepção porque a chave do jogo é receber bem", opinou o técnico do Japão, Masayoshi Manabe.

*Atualizada às 12h40

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