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Divulgação/FIVB

Francesca Piccinini é o nome mais conhecido no Brasil do time italiano

09/08/2010 - 07h02

Por Piccinini, fãs fazem tour mundial, aprendem italiano e torcem contra Brasil

Roberta Nomura
Em São Carlos (SP)

O ginásio Milton Olaio Filho, em São Carlos (SP) estava completamente lotado neste domingo na partida entre Brasil e Itália pelo Grand Prix de vôlei. No entanto, um pequeno grupo de torcedores ‘traiu’ a pátria em nome do amor por Francesca Piccinini. As mesmas fãs que já fizeram viagens internacionais atrás da capitã da Azzurra e até aprenderam italiano por causa da ponteira.

  • Roberta Nomura/UOL

    Irmãs brasileiras Mariana e Joana torcem para Itália contra o Brasil e já foram para Bergamo e Polônia

  • Alexandre Arruda/CBV

    Italiana Francesca Piccinini atuou no Brasil na temporada 1998-1999 pelo ex-Rexona (Unilever)

A idolatria por Piccinini teve início com a passagem da italiana pelo voleibol brasileiro. Na temporada 1998-1999, a ponteira defendeu o ex-Rexona (atual Unilever). Torcedoras do time carioca, as irmãs Joana e Mariana de Mello Silvestre Santos passaram a acompanhar mais de perto a carreira da jogadora.

“Ela joga o vôlei que a gente gosta e é muito simpática e carinhosa. Por causa dela começamos a torcer para a Itália. A gente até trouxe um presentinho para cada uma das jogadoras”, revelou Mariana, de 23 anos. De férias, a estudante de Economia viajou com a irmã do Rio de Janeiro a São Carlos na terça-feira para ver Piccinini.

Os 656 quilômetros, no entanto, são pouco perto de outras viagens que Joana e Mariana já fizeram para se aproximar da italiana. “Nós fomos para Bergamo (Itália) e para a Polônia para assistir ao Campeonato Europeu [em 2009]”, contou Mariana. Para ver a Azzurra ser campeã continental no ano passado, a estudante teve que faltar às aulas.

A torcedora tem sempre a companhia da irmã e revela que seus pais não se incomodam com o fanatismo das filhas. “Minha mãe apóia. Meu pai não fala nada, mas não liga porque é ele quem paga as viagens”, disse Mariana. A próxima ida a Bergamo, cidade que Piccinini defende desde que deixou o Rexona, já está sendo planejada para janeiro de 2011.

Em São Carlos, Mariana aproveitou para tirar fotos e fazer vídeos da capitã. A partir desta segunda-feira, a estudante terá que se contentar em tietar Piccinini à distância. Mesmo sem fazer curso, ela aprendeu a falar e ler um pouco de italiano para ficar mais perto do ídolo. Autodidata, a brasileira usou o livro escrito pela jogadora e um dicionário para entender a língua. Agora, acompanha semanalmente a coluna da camisa 12 em uma revista especializada.

Após todos os esforços para se aproximar de Piccinini, Mariana contou que é reconhecida pela atleta e que torcer contra o próprio país não foi um grande sacrifício neste domingo. “Fico muito feliz em saber que tenho fãs fora do meu país, assim como todo esportista”, falou a ponteira.

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