UOL Esporte Vôlei
 
CBV/Divulgação

Sassá ficou de fora dos jogos da seleção em São Carlos, na 1ª semana do Grand Prix

11/08/2010 - 07h07

FIVB recua na Liga, avança no Grand Prix e equipara sexos no vôlei

Roberta Nomura
Em São Carlos (SP)

A disparidade entre os torneios anuais feminino e masculino de vôlei foi grande em 2009. Mas após ser inovadora na Liga Mundial e segurar mudanças no Grand Prix, a FIVB (Federação Internacional de Voleibol) recuou na competição entre os homens e equiparou os sexos nesta temporada.

MUDANÇAS DE REGRAS NO GRAND PRIX

ANO Nº DE ATLETAS PONTUAÇÃO
2010 14 inscritas, sendo 12 atletas variáveis por jogo 3 a 0 e 3 a 1: vencedor -
três pontos; perdedor zero
3 a 2: vencedor - dois pontos; perdedor um
2009 14 inscritas, sendo 12 atletas fixas por semana (conjunto de três jogos) Vitória: 2 ptos
Derrota: 1 pto

Uma decisão em congresso realizado em 2008 permitiu a introdução do líbero reserva nas competições do ano passado. Na ocasião, a FIVB liberou a escalação de 14 jogadores - dois a mais do que a antiga regulamentação - na Liga Mundial. Obrigatoriamente, um deles tinha que ser o jogador com características somente defensivas.

No entanto, para as mulheres a regra antiga permaneceu e os técnicos podiam relacionar apenas 12 jogadoras para as partidas do Grand Prix. Mesmo com delegações de 14 atletas, as seleções necessariamente tinham que excluir duas do banco de reservas e manter o mesmo time durante a semana (três jogos).

A FIVB voltou a mexer nas regras nesta temporada de 2010. A entidade recuou no torneio masculino e promoveu avanços no feminino. Agora, Liga Mundial e Grand Prix adotam a mesma determinação para composição das equipes. Os selecionados podem levar 14 jogadores por semana, mas escalam somente 12 para os jogos. E podem mudar a equipe de um dia para o outro.

“Eu acho que é um avanço. Sempre foi uma luta poder contar com 14 jogadoras. Até que enfim entenderam que é importante. Mas só trocar o time ainda não é ideal”, afirmou o técnico José Roberto Guimarães ao UOL Esporte. No ano passado, o comandante da seleção brasileira feminina chegou a dizer que faria uma recomendação formal à FIVB.

MUDANÇAS DE REGRAS NA LIGA MUNDIAL

ANO Nº DE ATLETAS PONTUAÇÃO
2010 14 inscritos, sendo 12 atletas variáveis por jogo 3 a 0 e 3 a 1: vencedor -
três pontos; perdedor zero
3 a 2: vencedor - dois pontos; perdedor um
2009 14 inscritos, sendo possível escalar todos eles. Obrigatório ter líbero reserva na lista 3 a 0 e 3 a 1: vencedor -
três pontos; perdedor zero
3 a 2: vencedor - dois pontos; perdedor um

Com a mudança, o Brasil não precisou cortar jogadoras e poderia, por exemplo, colocar Sassá ou Camila Brait nos jogos em São Carlos (SP). A ponteira e a líbero não foram relacionadas por opção de Zé Roberto, que manteve as 12 escaladas nos três jogos no interior paulista: nas vitórias sobre Taiwan e Japão e na derrota para a rival Itália.

“Vou dar a sugestão de novo de poder incluir todas as 14 jogadoras nos jogos para o Grand Prix de 2011”, adiantou o técnico brasileiro. Além da quantidade de jogadores, a pontuação do torneio feminino também sofreu alterações e, agora, adota o mesmo sistema da Liga Mundial.

Neste Grand Prix, as vitórias por 3 a 0 e 3 a 1 rendem três pontos ao vencedor e nenhum ao perdedor, enquanto os triunfos por 3 a 2 dão dois pontos à equipe vitoriosa e um a quem perder a partida. A regra já havia sido colocada em prática na Liga Mundial de 2009.

Em busca do nono título do Grand Prix, o Brasil volta à quadra às 6h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira contra a República Dominicana. Ainda pela segunda semana, a equipe comandada por Zé Roberto encara a Holanda, no sábado, e a China, no domingo.

Placar UOL no iPhone

Hospedagem: UOL Host