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31/08/2010 - 08h03

Paula se inspira em Wolverine para jogar Mundial; médico prega cautela

Rafael Krieger
Em Guarulhos

A fase final do Grand Prix, disputada na China, terminou com a seleção brasileira em segundo lugar e com dois problemas graves para o técnico Zé Roberto. Paula Pequeno e Mari se lesionaram e correm o risco de ser baixa na equipe que irá disputar o Mundial, marcado para o final do mês de outubro. Lesionada no tornozelo esquerdo, Paula usou Wolverine para explicar que pode se recuperar a tempo de disputar o torneio.

Durante o desembarque da seleção no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, a jogadora mostrou otimismo e pediu 30 dias para retornar aos treinos. "Quero voltar na metade do tempo que o médico disser", afirmou. Mas o doutor Julio Nardelli usou cautela, embora reconheça que o caso de Paula é menos grave do que o de Mari, que sofreu uma entorse no joelho.

A própria Paula teve que operar o joelho no ano passado, e por isso foi comparada ao personagem dos X-Men que tem o poder de curar seus ferimentos: "Minhas colegas me chamam de filha do Wolverine", revelou.

Por isso, a ponteira se disse confiante em chegar bem, no Mundial. "Quero estar 1000%. Estou sem dores e preciso apenas de descanso”, comentou Paula.

Concorrente de Paula por uma vaga como ponteira na seleção, a também lesionada Mari não falou com os jornalistas durante o desembarque. O doutor Nardelli admitiu que o estado físico dela é mais complicado. Uma avaliação com as duas jogadoras está marcada para a manhã desta quinta-feira.

“As duas se recuperam bem e já estão na fisioterapia. Mas é difícil fazer um prognóstico antes da avaliação de quinta. O caso da Mari é mais complexo e precisamos observar se é uma lesão parcial ou total do ligamento cruzado anterior”, destacou Nardelli, confirmando que pode haver necessidade de cirurgia no joelho direito da atleta.

“O mais difícil não é a lesão, mas sim o tempo para recuperação, que é curto demais”, completou o médico. Ele explicou que as duas já passaram por uma ressonância magnética na China, mas não foi possível avaliar corretamente as contusões porque o trauma era muito recente.

O técnico Zé Roberto torce por notícias positivas, mas lembra que é preciso esperar pela avaliação das atletas no Brasil. “É difícil ter um prognóstico agora. Temos 49 dias até sairmos do Brasil rumo ao Japão para o Mundial, e torço para que corra tudo bem, porque são atletas muito importantes”, finalizou.

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