UOL Esporte Vôlei
 
31/08/2010 - 15h06

Seleção vê lesões e derrota no Grand Prix como motivação para o Mundial

Rafael Krieger
Em Guarulhos
  • Zé Roberto Guimarães ressaltou que o Grand Prix serviu mais como preparação para o Mundial

    Zé Roberto Guimarães ressaltou que o Grand Prix serviu mais como preparação para o Mundial

As jogadoras da seleção feminina de vôlei não fizeram muita questão de exibir a medalha de prata conquistada no Grand Prix durante o desembarque nesta terça-feira em Guarulhos. “Está lá no fundo da mala”, disse a ponteira Jaqueline. Pelo menos o discurso estava bem ao alcance de todo mundo. Atletas e técnico fizeram questão de lembrar que o revés na China será uma motivação a mais para o Mundial que acontece no final de outubro no Japão.

E a seleção vai precisar mesmo de algo a mais nos próximos treinos. Além de descobrir uma forma de barrar a ascensão das campeãs norte-americanas, Zé Roberto terá que conviver com a incerteza sobre as lesões das ponteiras Mari e Paula Pequeno, que correm sério risco de ficar fora do Mundial.

Mas o treinador acha que o grupo tem condições de superar essas possíveis baixas a partir da experiência do vice-campeonato na China. “Depois que elas se machucaram, continuamos jogamos bem. O problema foi que a Paula se lesionou durante o tie-break contra os Estados Unidos. Mas não podemos usar isso como desculpa”, esclareceu Zé Roberto.

TÉCNICO EXPLICA LESÕES

O problema é que o Grand Prix é muito exaustivo, e acaba provocando lesões por causa das viagens e dos jogos diários. É preciso mudar essa fórmula, e já falamos sobre isso faz tempo.

Zé Roberto Guimarães, treinador da seleção feminina

“Usamos o Grand Prix como preparação para o Mundial. Agora, temos mais quase dois meses. Foi bom para conhecermos melhor o nível das equipes”, completou o técnico, anunciando uma boa oportunidade para as reservas mostrarem serviço: “Sempre falei que precisamos de todas as 14 jogadoras, e isso ficou provado, pois ficamos enfraquecidos sem a Mari e a Paula”.

Com uma fissura no osso do tornozelo esquerdo sofrida durante o Grand Prix, Paula também quer superar logo o revés na China, e concordou com o técnico ao lembrar que o Mundial é a prioridade: “A derrota vai nos dar muita força. É algo a mais para que o time trabalhe melhor ainda. Se pegarmos o lado bom disso tudo, vamos aproveitar muito bem”.

Paula tem um prognóstico até agora mais otimista do que Mari, que pode até ter que passar por uma cirurgia. As duas lesionadas disputam posição para ver quem será a outra ponteira junto com Jaqueline, eleita a melhor atacante do Mundial. “Trocaria esse prêmio pela medalha de ouro”, observou.

“Nós vacilamos mesmo nos primeiros jogos, mas foi uma boa lição, porque temos um campeonato importantíssimo pela frente. Os Estados Unidos nos surpreenderam, eles estão com uma equipe muito boa, mas perdemos nos detalhes. Agora, temos que treinar ainda mais para chegar bem no Mundial”, completou Jaqueline, em sintonia com o discurso do treinador.

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