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Dante, Giba, Murilo e Rodrigão são os remanescentes do título mundial de 2006

20/09/2010 - 07h03

Brasil teme por falta de experiência e vê Mundial como 'prova' aos novatos

Bruno Rousso
No Rio de Janeiro

A comparação é inevitável. Bernardinho promoveu grande reformulação na seleção brasileira masculina de vôlei e a ‘nova geração’ carrega o fardo de manter a hegemonia criada desde o início da década. Com apenas quatro remanescentes do título de 2006, o Brasil teme pela falta de experiência do elenco e vê o Campeonato Mundial como ‘prova final’ aos novatos antes dos Jogos Olímpicos de Londres-2012.

COMPARE O BRASIL DE 2006 E 2010

  2006 2010
Levantadores Marcelinho
Ricardinho
Bruninho
Marlon
Opostos A.Nascimento
Anderson
Théo
Vissotto
Ponteiros Dante
Giba
Murilo
Samuel
Dante
Giba
João Paulo
J.Paulo Bravo
Murilo
Centrais André Heller
Gustavo
Rodrigão
Lucão
Rodrigão
Sidão
Líberos Escadinha Alan
Mário Júnior

Os ponteiros Murilo, Dante, Giba e o central Rodrigão fizeram parte da campanha vitoriosa no Mundial do Japão, em 2006. Os três últimos estiveram também no título de 2002, em Buenos Aires.

“Com certeza a outra equipe tinha mais bagagem e isso faz diferença no Mundial, que é uma competição muito pesada. Então tínhamos mais esse rótulo de favorito. Só que essa seleção de hoje vem provando com resultados sua capacidade e vai chegar forte. Mas vai ser complicado, afinal todo mundo quer quebrar essa hegemonia do Brasil. Será mais uma prova importante antes da Olimpíada”, opinou o técnico Bernardinho.

Desde que iniciou a renovação em 2009, a seleção brasileira disputou quatro competições e venceu todas: um Sul-Americano, duas Ligas Mundiais e uma Copa dos Campeões.

“A renovação é boa, necessária, mas aquela seleção tinha a experiência como arma. E por isso levava certa vantagem. Mas essa também é muito boa e vem provando. Mundial é um título que todos querem ter no currículo. E pode ser considerada a última prova antes da final, que será a Olimpíada”, comparou Dante.

O ponteiro, aliás, faz parte da posição que sofreu menos alterações em relação a 2006. Além dos três remanescentes, João Paulo Tavares e João Paulo Bravo completam a lista de opções para a entrada de rede. Entre os centrais, Rodrigão chega a seu terceiro mundial acompanhado por Lucão e Sidão.

Nas demais posições, Bernardinho mudou radicalmente (ver tabela). No primeiro Mundial em que poderá contar com dois líberos e totalizar 14 convocados – em regra já em vigor nas duas últimas Ligas Mundiais –, o técnico não terá Escadinha. O jogador foi submetido cirurgia de retirada da hérnia de disco lombar no início de julho e ainda se recupera.

Com seus dez novatos e quatro experientes, o Brasil embarcou para a Europa na última semana. A equipe faz aclimatação e últimos ajustes na Alemanha e viaja na quarta para a Itália, onde defende o título entre os dias 25 de setembro a 10 de outubro.

Atual bicampeão, o Brasil tenta igualar o feito da rival Itália, único país a conquistar três títulos mundiais consecutivos (1990, 1994 e 1998). A maior campeã da história do campeonato é a antiga União Soviética com seis títulos: 1949, 1952, 1960, 1962, 1978 e 1982.

*Colaborou Roberta Nomura, em São Paulo

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