![]() Dante, Giba, Murilo e Rodrigão são os remanescentes do título mundial de 2006 |
A comparação é inevitável. Bernardinho promoveu grande reformulação na seleção brasileira masculina de vôlei e a ‘nova geração’ carrega o fardo de manter a hegemonia criada desde o início da década. Com apenas quatro remanescentes do título de 2006, o Brasil teme pela falta de experiência do elenco e vê o Campeonato Mundial como ‘prova final’ aos novatos antes dos Jogos Olímpicos de Londres-2012.
2006 | 2010 | |
Levantadores | Marcelinho Ricardinho | Bruninho Marlon |
Opostos | A.Nascimento Anderson | Théo Vissotto |
Ponteiros | Dante Giba Murilo Samuel | Dante Giba João Paulo J.Paulo Bravo Murilo |
Centrais | André Heller Gustavo Rodrigão | Lucão Rodrigão Sidão |
Líberos | Escadinha | Alan Mário Júnior |
Os ponteiros Murilo, Dante, Giba e o central Rodrigão fizeram parte da campanha vitoriosa no Mundial do Japão, em 2006. Os três últimos estiveram também no título de 2002, em Buenos Aires.
“Com certeza a outra equipe tinha mais bagagem e isso faz diferença no Mundial, que é uma competição muito pesada. Então tínhamos mais esse rótulo de favorito. Só que essa seleção de hoje vem provando com resultados sua capacidade e vai chegar forte. Mas vai ser complicado, afinal todo mundo quer quebrar essa hegemonia do Brasil. Será mais uma prova importante antes da Olimpíada”, opinou o técnico Bernardinho.
Desde que iniciou a renovação em 2009, a seleção brasileira disputou quatro competições e venceu todas: um Sul-Americano, duas Ligas Mundiais e uma Copa dos Campeões.
“A renovação é boa, necessária, mas aquela seleção tinha a experiência como arma. E por isso levava certa vantagem. Mas essa também é muito boa e vem provando. Mundial é um título que todos querem ter no currículo. E pode ser considerada a última prova antes da final, que será a Olimpíada”, comparou Dante.
O ponteiro, aliás, faz parte da posição que sofreu menos alterações em relação a 2006. Além dos três remanescentes, João Paulo Tavares e João Paulo Bravo completam a lista de opções para a entrada de rede. Entre os centrais, Rodrigão chega a seu terceiro mundial acompanhado por Lucão e Sidão.
Nas demais posições, Bernardinho mudou radicalmente (ver tabela). No primeiro Mundial em que poderá contar com dois líberos e totalizar 14 convocados – em regra já em vigor nas duas últimas Ligas Mundiais –, o técnico não terá Escadinha. O jogador foi submetido cirurgia de retirada da hérnia de disco lombar no início de julho e ainda se recupera.
Com seus dez novatos e quatro experientes, o Brasil embarcou para a Europa na última semana. A equipe faz aclimatação e últimos ajustes na Alemanha e viaja na quarta para a Itália, onde defende o título entre os dias 25 de setembro a 10 de outubro.
Atual bicampeão, o Brasil tenta igualar o feito da rival Itália, único país a conquistar três títulos mundiais consecutivos (1990, 1994 e 1998). A maior campeã da história do campeonato é a antiga União Soviética com seis títulos: 1949, 1952, 1960, 1962, 1978 e 1982.
*Colaborou Roberta Nomura, em São Paulo
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