Ex-jogadores e campeões mundiais são homenageados no lançamento da Superliga |
O discurso é o mesmo dos últimos anos e a pretensão vai além. Com promessas de ser a melhor da história nacional e a maior do mundo, a Superliga masculina 2010/2011 foi lançada oficialmente nesta terça-feira, em São Paulo. O pontapé inicial da principal competição de vôlei do país dividiu espaço com discursos políticos, declarações sobre a Copa do Mundo de 2014, homenagens e ‘carona’ do presidente da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol), Ary Graça, que lançou um livro na festa.
Com certeza dá para esta Superliga ser ainda melhor do que a passada. A gente tem material humano para isso. São oito candidatos ao título
Giba, ponteiro do Pinheiros/SkyAno passado já foi muito disputada. Agora, a base da seleção tricampeã está aqui. Os times se reforçaram e não tem muito o que prever. Vai ser difícil chegar entre os oito, imagina na semifinal e final. Vamos ter jogos de nível internacional
Murilo, ponteiro do Sesi-São PauloO discurso pode até ser repetido, mas é verdade. A Superliga melhora a cada ano. Eu e Ricardinho voltamos muito motivados, com muita vontade. Vai ser um belo campeonato
Leandro Vissotto, oposto do Vôlei FuturoA abertura teve a presença de representantes dos clubes, com verdadeiro desfile de jogadores badalados. As principais ausências foram as estrelas da atual campeã Cimed, que disputa o Campeonato Sul-Americano e enviou jogadores de menor expressão ao evento. Mas a cerimônia contou com a participação maciça dos campeões mundiais.
Somente três jogadores da seleção brasileira não atuam no Brasil: João Paulo Bravo (Turquia), Théo (Japão) e Dante (Rússia). Os demais defendem clubes nacionais. E é justamente na carona do tricampeonato mundial (2002, 2006 e 2010) que a Superliga embarca para propagar o rótulo de melhor do planeta. Por isso, os comandados do técnico Bernardinho foram homenageados.
Giba e Rodrigão (Pinheiros/Sky); Lucão, Mário Júnior, Leandro Vissotto (Vôlei Futuro); Marlon (Minas); Murilo e Sidão (Sesi-São Paulo), Alan (Londrina/Sercomtel) subiram ao palco e receberam troféus pela título do Campeonato Mundial. Os ausentes Bruninho e João Paulo Tavares, da Cimed, foram lembrados.
O presidente Ary Graça, que aproveitou o evento para lançar seu quarto livro, chamou também os campeões mundiais em 2002 e 2006 ao palco e promoveu o primeiro encontro entre Ricardinho e Giba. Os ex-melhores amigos em tempos de seleção brasileira se cumprimentaram, mas não foram muito além disso em encontro frio.
Antes das homenagens, os atletas ficaram circulando e Ary Graça autografou os exemplares do livro "Estratégia Institucional do Esporte no Brasil". Orlando Silva chegou ao evento e foi direto falar com o presidente da CBV. Em seguida, atendeu aos jornalistas e falou sobre a Copa do Mundo de 2014.
Silva criticou a postura do governo do Estado e afirmou que São Paulo é a única cidade com condições de receber a abertura da Copa. No discurso, o ministro pouco falou, mas a cerimônia ganhou ares políticos. Ary Graça se mostrou entusiasmado com a presença de Orlando Silva. “O vôlei está tão prestigiado que tem até a presença do ministro entre nós”, falou. O presidente da CBV agradeceu aos patrocinadores, atletas e todos os presentes e fez questão de mencionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Nunca antes na história do país um presidente deu tanta grana para o voleibol como o presidente Lula. Independente de ideologias, isso é uma verdade. Ele deu carinho e amor ao esporte”, discursou Ary Graça.
O espaço dedicado a Superliga, de fato, mostrou números da evolução do campeonato. Enalteceu o fato de enxugar o número de times – de 17 para 15 equipes. E propagandeou: “menos jogos, maior duração é igual a mais qualidade”. O aumento de média de público também foi comemorado. E o lançamento terminou com a foto oficial com todos os jogadores e técnicos presentes.
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