UOL Esporte Vôlei
 
16/11/2010 - 09h11

No desembarque, Brasil insinua perseguição e pede bola com chip no vôlei

Rafael Krieger
Em São Paulo

As jogadoras da seleção brasileira de vôlei desembarcaram na manhã desta terça-feira em São Paulo, após terem conquistado o vice-campeonato no Mundial de vôlei feminino. O tema mais debatido ainda foi o polêmico ponto no tie-break que o árbitro sul-coreano Kim Kun-Tae anotou bola fora, em um ataque de Sheilla. Na ocasião, o Brasil abriria uma vantagem de 8 a 6, mas com a marcação o embate prosseguiu com um 7 a 7. Para o técnico José Roberto Guimarães, é preciso pensar em bola com chip.

Jaqueline primeiro fez questão de dizer que estava orgulhosa com a conquista e com a seleção. “Estou muito feliz e contente com este vice-campeonato e por jogar com este grupo. Para qualquer pergunta que me fizerem, eu sempre vou dizer a mesma coisa, que estou feliz de estar neste grupo”, disse.

No entanto, a ponta não deixou de citar o ocorrido. “Aquele ponto prejudicou no psicológico. Quando é para o Brasil, é sempre bola fora. Nunca tem replay de bola duvidosa”, argumentou a jogadora.

Kim Kun-Tae foi o juiz de outras duas derrotas emblemáticas do Brasil para a Rússia: na semifinal dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, e na decisão do Mundial de 2006. As duas partidas também acabaram com o placar de 3 a 2 a favor das russas.

O técnico José Roberto Guimarães reafirmou que Kim Kun-Tae não traz boas lembranças ao Brasil. “Com este coreano, sempre tem problema com o Brasil”, afirmou o treinador, que chegou a pedir para a comissão de arbitragem repensar na escolha do árbitro para a final, mas recebeu como resposta de que seria a última vez.

Perguntado se é um perseguição geral ou apenas deste árbitro, Zé Roberto lembrou de outro lance na semifinal. “É complicado, porque contra o Japão também teve uma bola que foi fora e não teve replay. Depois, passou na TV que foi boa e o pessoal da federação, que estava sentado atrás da gente, também disse que foi boa”, lembrou.

“Está na hora de pensar em bola com chip. Está virando como no futebol. Dizem que o futebol é divertido por causa da polêmica, mas eu acho horrível. Tem que ter justiça, como é feito no tênis”, opinou o treinador, lembrando ainda que o Brasil é o país que mais toma iniciativa nas discussões a favor da inserção de bolas com chip.

Placar UOL no iPhone

Hospedagem: UOL Host