UOL Esporte Vôlei
 
16/11/2010 - 07h01

Preterido, André Nascimento descarta 'carteirada' e ainda sonha com seleção

Roberta Nomura
Em São Paulo

André Nascimento foi por muitos anos a bola de segurança da seleção brasileira de vôlei. No entanto, neste ciclo olímpico foi preterido e não disputou nenhuma competição com a camisa verde-amarela. O oposto de 31 anos vê com naturalidade seu afastamento do time nacional, mas revela o sonho de ainda ser convocado. Para retomar o posto, ele espera fazer uma boa Superliga pelo Vivo/Minas e descarta um retorno calcado em seu nome e seu passado.

“Estou um pouquinho de lado agora, mas feliz com o que contribui para a seleção. Conversei com a comissão técnica e falei que, se for para eu voltar, eu quero voltar bem. Não pelo meu nome ou pelo o que eu já fiz. Quero voltar pelo o que estou fazendo no presente e para ajudar a seleção”, afirmou André Nascimento ao UOL Esporte, no lançamento oficial da Superliga.

E é justamente na competição nacional que o oposto quer mostrar que ainda tem condições de defender o time verde-amarelo. André Nascimento é o principal nome do Minas, maior vencedor da história da competição ao lado da Cimed – são quatro títulos para cada um. Mas a tradicional equipe decepcionou na temporada passada e amargou a modesta sétima colocação.

“Nossa intenção é resgatar o brilho do time e colocar o Minas onde sempre esteve: nas cabeças, no topo. Nossa intenção é resgatar a tradição e com a equipe renovada, estamos bastante motivados. São muitos jogadores que querem mostrar o seu valor. A expectativa é boa”, falou o jogador que esteve presente em três dos quatro títulos do Minas na Superliga.

Na temporada passada, não foi só o desempenho coletivo que decepcionou. André Nascimento reconhece que fez uma campanha abaixo do esperado. “Eu tive uma cirurgia [artroscopia no joelho em janeiro de 2009] que me atrapalhou um pouquinho. Depois fiz uma Superliga que não foi legal. Mas não era o momento também. No futuro, quem sabe? Vamos ver”.

Titular durante anos, André Nascimento pediu dispensa da seleção brasileira no início do novo ciclo. Mas foi convidado para treinar em Saquarema. O oposto, aliás, contou que mantém contato com a comissão técnica de Bernardinho.

A queda no desempenho do habilidoso atacante coincidiu com o crescimento de novos atletas para a posição. Leandro Vissotto começou a Liga Mundial de 2009 como reserva de Rivaldo, mas ganhou a titularidade ao longo da competição, se destacou e não saiu mais desde então. Théo ganhou a segunda vaga.

Vissotto apresentou irregularidade, mas cresceu em momento decisivo na campanha do terceiro título mundial do Brasil e vive ótima fase. “Eu estou feliz. O time que está representando o Brasil está muito bem. A equipe que está aí começou um ciclo e tem que continuar, faz parte. Até pela Olimpíada, tem que ter uma base, mas eu fico na expectativa. Se tiver que somar, puder ajudar o Brasil, eu vou estar à disposição”, finalizou o campeão olímpico em 2004.

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